sábado, 27 de dezembro de 2014

                                                        


                                         PAZ PARA O MUNDO!        
    




2014 chega ao fim. As dores intensas, como as de um parto difícil. Quem sabe para que faça nascer um novo tempo? Não custa acreditar. Afinal, parece que atingimos o fundo do poço, e a tendência é que tal situação se reverta, as ações humanas tornem-se benéficas, ou menos maléficas.  Conquanto tudo possa continuar na mesma, as perspectivas pouco alvissareiras para 2015, infelizmente. Terra, vasta terra, cenário natural de rara beleza, que amarga o descaso e, mesmo, agressão dos seus ilustres habitantes, que vivem e se reproduzem na terra, ao lado de outros seres. Os desastres assolam a existência nossa de cada dia, pelos problemas que criamos, e temos a má vontade em saná-los, os quais se perpetuam, até se agravam, décadas após décadas.
        
       A razão conduz a mente, ordena as ações humanos para que seja encontrada a forma mais confortável do se viver, longe das doenças e outras mazelas, no que avançamos e muito. Mas o nosso irracional parece que fala mais alto, e nos faz desperdiçar o progresso já alcançado, enquanto a miséria parece tomar a dianteira. A pior de todas, a miséria das guerras, que acontecem ininterruptamente em vária partes do mundo. Quando vamos aprender a lidar com as diferenças, tão diferentes são as pessoas e tão iguais, em questão de raças, culturas e tudo o mais? A vitimização egoísta e equivocada, as provocações, que passaram a fazer parte do cotidiano, em vez do orgulho de ser quem se é de verdade, um ser humano, que se eleva com a educação. E diante disso, ao se educar, ninguém se sinta rebaixado, ou superior.
        
    Vivemos um período crítico, sem justificativa para tanta calamidade, a não ser por culpa da maldade, tão humana e tão desumana. Numa Cisjordânia desértica e esparsamente habitada estabeleceram-se o povo judeu, com sua ciência e sua fé, após o holocausto nazista. Foram rechaçados pelos palestinos, hoje confinados na Faixa de Gaza, a lançarem mísseis contra o vizinho indesejado, que os ameaça, coisa que neste ano só fez recrudescer. O conflito parece não ter fim. Sofrem também os curdos na fronteira com a Turquia, sitiados pelo Isis, o braço mais radical do jihadismo, gente fanática, que não assimila a democracia, nem o progresso, matam os cristãos que vêm pela frente, e todos aqueles que pensam diferente. Cidades na Síria e na Turquia tomadas por esses rebeldes terroristas, que praticam constantes as decapitações de dissidentes e estrangeiros. Terror que   ameaça à democracia ocidental, experiência que a nação americana sofreu sua face mais terrível, com a explosão das Torres Gêmeas, em 11 de setembro de 2013. Outros casos acontecem nos países europeus. A Terra dilacerada pela crueldade das guerras e outras tantas irracionalidades.

   Também alguns momentos de pura magia aconteceram no ano que se finda, em especial aqueles breves momentos em que os olhares se desviarem cá de baixo, e puderam ver no céu um grande espetáculo, lógico que pela televisão. O satélite Rosetta a orbitar o cometa 67P e sobre ele fazer pousar uma sonda, apelidada de Philae, com o objetivo de analisar o corpo celeste dos primórdios do universo, e obter informações sobre a origem do nosso planeta e da vida sobre a terra. Um grande passo em direção ao futuro, que não deixa de ser uma incógnita. Décadas atrás o homem deixou a marca de seus passos na lua, início da aventura humana no espaço. O conhecimento que avança a passos largos, e possa contribuir para que a vida humana siga sua trajetória terrena.  Longe ainda a felicidade que se almeja, pois os ódios não cessam, mesmo com toda ciência, toda arte.
Causou perplexidade a morte do ator Robin Williams, da forma como ela ocorreu, em um ato extremo. Uma pessoa que a gente imaginava ser feliz, por alegrar e fazer rir através das telas do cinema, mas não teve humor, pelo menos, para levar a vida adiante. A lição que o ator de “Uma Babá Quase Perfeita” deixa para seus fãs é que observem melhor o que acontece em volta, para ajudarem-se mutuamente, o tanto que se precisa de atenção, amor, compreensão. O sorriso pode esconder coisas que o choro não consegue aliviar. As tensões que se perpetuam, e parece que existem para nos pôr a prova, se somos gente que mereça confiança, ou apenas folhas secas, numa árvore sem vida, que é uma sociedade violenta, discriminadora, cruel. O cantor Jair Rodrigues foi outro sorriso que se foi, uma pessoa realmente feliz, que nos legou o exemplo de uma vida exemplar. O céu está mais feliz com sua presença!

   A formação errada da pessoa que se liga à onipotência de manter o domínio, principalmente sobre os outros, gente que se sente o bam, bam, bam, o todo poderoso. Do contrário, se acha um nada. A humanidade passa, sim, por momentos difíceis, e é de bom alvitre que se pense seriamente em resgatar o respeito humano e a gratidão pelos bens recebidos. Acordar pela manhã com um obrigado nos lábios, e não como donos de tudo e de todos, querendo “arrasar”, Certo é o caminho trilhado com serenidade e paz nos corações. E a partir do bem cultivado em nosso íntimo o mundo prospere de verdade. “A alma que se eleva, eleva o mundo”, sábias palavras de Santa Tereza de Lisieux.



                                      FELIZ 2015!

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