sábado, 27 de dezembro de 2014



             

              QUEM ROUBOU O MEU LUGAR?
                             



     A qualquer momento nosso lugar pode ser roubado, é a sensação que tenho diante do que parece ser artimanhas do destino para com esse ou aquele. Trocaram-se as bolas, ou os lugares. Diante dessa realidade, do fato consumado, me vejo imaginando um outro jogo, da seguinte forma: E se as coisas fossem diferentes, se as pessoas tivessem feito outras escolhas, seguido por outro caminho? Principalmente, quando as coisas não vão bem para um lado ou para o outro. Modifico então as situações para melhor adequá-las. Mesmo sabendo que razão mesmo eu não tenho para mudar nada, mas sinto prazer nesse jogo inocente e particular.
      
Estar no lugar certo, na hora certa, seria fruto da sorte, o que nem todo mundo tem. Mas há quem atire a sorte pela janela, chute a coitada pela porta a fora. Quanta gente não faz isso, e nem se dá conta! O certo é que ninguém toma o lugar do outro se não houver descaso para com o que se quer de verdade. Seja o que for para ser nosso, deve haver empenho para que fique resguardado esse direito. E que o poder do inimigo, ou simplesmente algum oportunista, não possa roubar. Sempre pode ter alguém de olho no nosso pedaço de queijo, naquela nossa justa fatia do bolo.

    
Quem não viu um dia a mesa cheia de guloseimas e de repente avançarem sobre ela, não sobrando nada para quem ficou aguardando educadamente a vez? Resta ter paciência, esperança, de que algo mais vá ser oferecido aos convivas, pois a festa não acabou, ela continua. Mesmo que já não seja a mesma coisa, pode ser até melhor, acreditar nisso. Podemos perder uma fatia, um pedaço bom da vida, mas o que importa é que ela ainda está aí para ser degustada, resgatada da inércia, e as coisas aconteçam, não tanto para o nosso bom ou mau gosto e, sim, para o nosso bem.

                  

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