quinta-feira, 13 de agosto de 2015






                             ALMA MINHA GENTIL

     

                                   
LUÍS DE CAMÕES
           
 

Paciência, gentileza, confiança, todos precisam ter para com a vida! São virtudes cuja ausência do convívio humano faz o coração aflito, entristece a alma. A desconfiança, por exemplo, ela pode induzir ao erro. Mas o juízo de nós mesmos não se abale, pois o que se é de verdade deve estar acima de qualquer julgamento exterior.

       É preciso que a gente se preserve, o máximo possível, dos olhares maldosos, invejosos. Antes de tudo aprender a dizer não, a ter coragem para falar basta às críticas e exigências, tantas vezes excessivas. As coisas que temos que aturar, e o muito que aturamos.

         De tanto querer agradar pode acontecer de nos tornarmos marionetes nas mãos de pessoas mal intencionadas, que insistem em ver o que quer, a exigir além da conta do outro. E tem que haver a mínima afinidade de simpatizar, ou sintonizar com alguém.

        O tempo que se perde com quem não nos quer bem, ou deixa de querer, por qualquer motivo. Sem se preocupar com isso, senão vira trauma. Quanto a mim me sinto amada, graças a Deus!  

          Oh, alma minha gentil! Oh, minha legítima e eterna alma! Oh, alma da minha  infância e juventude, que do céu zela por mim, ajuda na terra esse ser que envelhece! A inocência que parte, o viço que se vai, mas formam-se o caráter e a boa vontade. O mais é supérfluo para que se cumpra a promessa da paz de espírito, da justa felicidade!

Texto revisto 

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