terça-feira, 25 de agosto de 2015





                      SONHOS ARQUÉTIPOS

 







           Quando comecei minhas pesquisas sobre as religiões comparadas sonhei que eu estava em um penhasco, e lá do alto observava as árvores que brotavam em vários pontos de um imenso mar. Para Jung - o maior intérprete dos sonhos e seus símbolos - o mar representa o inconsciente. E sendo assim acredito que as árvores do meu sonho representavam o saber que brota dessa fonte primitiva, com a qual eu estava envolvida em minhas pesquisas. Tempos depois, avançada em meus estudos, tive outro sonho, no qual eu estava debaixo de uma imensa árvore carregada de frutos.
          Em outro sonho revelador do meu estado de espírito na época, eu estava diante de uma espécie de altar, sobre o qual eu via um ovo bem maior que o normal, de onde partia uma voz feminina, firme e doce, educada, em suma. Esforçava-me para entender a mensagem, mas não conseguia, o que me deixava frustrada. Mas não era mesmo para eu entender, pois a voz se comunicava com meu eu interior. E hoje penso naquela voz, que seria de alguma das minhas antigas mestras do colégio de freiras aonde estudei, pois era assim que elas falavam. O mais certo é que a mensagem vinha do alto, ou melhor, de Maria, da qual sou fiel devota, para sempre.

       Foram três sonhos, que considero arquétipos, tanto que não os esqueci, e lembro deles até hoje, quando se passaram mais de trinta anos.
 
 

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