domingo, 21 de fevereiro de 2016





                          DE BEM COM A VIDA  





O tempo é precioso para definir o ser consciente que somos, com capacidade de discernimento e decisão. Nada que perturbe o santo e sábio crescimento do indivíduo, seu equilíbrio, sua coragem para amassar, assar e servir o bom pão nosso de cada dia, e um pouco mais que isso, desse modo sentir-se realizado e feliz. Cultivar a própria natureza em paz, sem querer achar tão longe as respostas, estando bem perto. Perguntas certas, respostas idem, e se possa ter percepção justa das coisas. Não ter pressa, não ficar a ermo, disponível para tudo, sujeito ao que der e vier. Gosto se discute? As coisas hoje tão confusas no que se refere ao gosto, mas o que importa mesmo é ter gosto pela vida, ter bom gosto.

        Que a vida seja música para os ouvidos, beleza para os olhos, tenha sabor. Sorte tem aquele que não desperdiça os instrumentos preciosos com que pode participar da espetacular orquestra, do concerto que tem a regência do bom Deus, que ama os acertos e é misericordioso para com os erros. Estar de bem com a vida é aceitar o que se tem, por direito e por dever, e  não querer o impossível. Sem perder de vista o sonho da vitória, a principal delas, a paz no coração. A cada tempo vivido, confirmar, ou melhor, realizar uma cerimônia de confirmação dos bens morais. Em suma, ter domínio da matemática, obedecer as regras da gramática, para não errar na escrita da vida, não tropeçar no cálculo dos desejos, e que o balanço feche sem déficit e com um bom superávit.

        Sobre a reportagem de capa da Veja, Geração Pós-Gênero,  jovens leitores acertam em cheio com suas opiniões endereçadas à revista na edição seguinte. Concordo com Viviane Zini, formas diferentes de relacionamento só fazem levar à banalização da relação sexual, e é claro que há o modismo nessa questão. Júlio Cezar Setúbal rebate indignado o fato da sociedade superlativar a opinião juvenil, e que neutralidade de gênero é o mesmo que insistir na inexistência das determinações das leis físicas ou da química, mas na hora do exame de sangue a tabela será do “esquecido” gênero que a natureza determinou, lamentando informar que pau é pau pedra é pedra. Leonardo Caldas saúda a diversidade, que não traga adversidade para nosso mundo e transtorno à vida de outras pessoas, lógico. Artur Nogueira conclui que a geração identificada pela última letra do alfabeto, o Z, é a prova de que o fim do mundo está perto. Sim, jovem Petuel Preda, “o amor não tem sexo”, e porque então insistir numa relação mentirosa? Mesmo a contragosto de alguns, admitamos que temos uma função, um lugar no universo. Podem querer distorcer tudo, mas as consequências serão desastrosas.

 

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