terça-feira, 5 de setembro de 2017




                               MAIS AMOR, MAIS ATENÇÃO!






         

        Na Austrália uma enfermeira anotou o que diziam seus pacientes em estado terminal, do que eles sentiam arrependimento na vida. O campeão foi: “Não ter tido coragem de viver a vida que queria”. A falta de coragem como motivo de frustração. E observando melhor a questão, todos querem deliberar sobre a própria vida, ter liberdade de escolha, o que nem sempre a todos é dada a oportunidade, movidos que somos não apenas pelos desejos, mas pelas circunstâncias. Daí vem o segundo arrependimento: “Ter trabalhado tanto”. Vendo por  outro ângulo, não teria cabimento, pois a falta de trabalho é que mais frustra as pessoas hoje em dia, também não ter possibilidade de realização no trabalho. E o pior trabalho é aquele que realizamos desmotivados.
      
       Em 3º lugar: “Não ter vivido de forma diferente.” Ou seja, não aceitar as escolhas feitas, muitas vezes por imposição de fora, uma frustração que pode ser aliviada quando se entende que bastam momentos de alegria e prazer, que se possa recordar com satisfação. Em 4º lugar vem: “A falta de coragem de expressar os sentimentos”. Mais uma vez a coragem, ou melhor, sua falta. Talvez o pior arrependimento que se possa ter, para entristecer, de verdade, principalmente no fim da vida, quando nada mais pode ser feito. Essa frustração vem acompanhada de outro arrependimento, mais doloroso ainda, se possível: “Não ter se permitido ser mais feliz”. A felicidade que pode estar nos pequenos prazeres da vida, alguns momentos divinos que deixamos de experimentar, como sentar para escutar alguém, ou confessar-lhe algo, sentir conforto em confortar. Também encorajar os que precisam, e, em contrapartida, adquirir coragem. 

      Quantas oportunidades perdemos de ser feliz e dar felicidade. Vamos ficando mais velhos e bate a saudade das pessoas que se foram, e pouco fizemos para alegrar a vida dos que nos são próximos, e bate a tristeza pelo pouco carinho dado aos mais velhos, e são os que mais prezam a atenção. Hoje vejo os velhinhos no shopping e lembro-me daqueles com quem convivi e não tiveram esses momentos de lazer, ficavam horas sentados aguardando que alguém lhes desse atenção, ao menos lhe dirigisse a palavra.  Nem televisão havia  para os distrair, apenas rezavam. E para quem eram as rezas? Para nós, uns ingratos. O consolo é saber que essas santas criaturas estão ao lado de Deus. E o que nos resta é essa vida corrida, tanto para o trabalho quanto para a diversão, tudo no mesmo diapasão. Mais amor e mais atenção, minha gente!

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