sábado, 1 de setembro de 2018







                                              BAGAGEM




          

           Chega o tempo em que damos conta que nos armários da casa não cabem mais nada, também aquele quartinho está tão entulhado que faz pena. Objetos acumulados durante anos, roupas que saíram da moda, adereços quebrada que íamos consertar. Muita coisa esquecida no baú. O que fazer? Selecionar para reforma o que venha a ter ainda utilidade e doar o que possa ser aproveitado por outras pessoas.
          
       Será que além de tão grande bagagem de bens materiais também acumulamos virtudes, conhecimento, saber? Tempos atrás se dizia que uma pessoa tinha bagagem, no sentido que ela era instruída, tinha sabedoria, observava os preceitos religiosos. Alto o nível escolar em meados do século XX, com grandes professores, o que nos últimos tempos baixou drasticamente, juntamente com a perda da religiosidade.
            
         A mente moderna tenta altos voos, mas o que faz são voos rasantes, perigando despencar lá do alto, ou escorregar ladeira abaixo. É costume as pessoas se abastecerem de tudo não importa onde buscam, para escapar das exterioridades. Almejam o autoconhecimento, através dos métodos científicos, mas também de métodos nada ortodoxos, tanto coisa surgiu nesse campo. No passado as pessoas iam em busca de uma fé tradicional, da religiosidade, que era mais que uma válvula de escape. As potencialidades humanas para condução das almas, e não como desvios.
            
           Tenham as pessoas bagagem! Ninguém esteja desprovida de bens, em primeiro lugar, as virtudes! Fé, esperança e caridade, as três virtudes teologais. Ah, a esperança, como precisamos dela no presente momento!


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