quinta-feira, 6 de setembro de 2018





SEMANA DA PÁTRIA

          ELEIÇÕES  2018


PALÁCIO DA ALVORADA



Fim de semana, roda de amigos no bar, o assunto são as próximas eleições, uma conversar, uma pergunta é lançada no ar: Em quem votar? O descontentamento é geral, os quatro respondem. O primeiro a falar expõe seu pessimismo quanto ao futuro do Brasil:

            — Neste ano de 2018 está mais difícil ainda escolher alguém que mereça confiança, muito  menos ainda, empolgação. Nós, brasileiros, vamos apertar a tecla de uma urna eletrônica  para eleger um novo presidente, também governadores e deputados. Na disputa ocorrendo candidatos de 30 partidos. Pouca novidade entre os concorrentes, pessoas sem algo que os distinga, faça a diferença, nomes conhecidos. Segundo as pesquisas a maioria dos eleitores apostam ainda no ex-presidente Lula, para voltar ao cargo máximo do país, o que é de estarrecer, já que ele está preso, após ser condenado por corrupção em segunda instância, e acaba de ser declarada pelo TSE sua inelegibilidade.

                 — Meus amigos, o partido dos trabalhadores ainda arregimenta as massas, manipula as consciências. O povão decidido, enquanto a elite aposta em antigos políticos ficha suja, que continuam no páreo através dos seus filhos, ou apostam eles mesmo na reeleição. No cenário em que se desenrola a política no nosso país,. os nomes conhecidos  levam vantagem. Há desconfiança no desconhecido, e a lógica é que os primeiros já se conhecem os defeitos, quanto aos outros o que esperar? Faltam novas e boas lideranças, de há muito que as pessoas sérias, competentes, de confiança, fogem do jogo político.  O que esperar de políticos, que se apresentam como salvadores da pátria, mas na realidade não estão preparados para resolver os problemas do país, o que requer competência e muito empenho.

                     O terceiro a falar foca na corrupção:

             
             — A corrupção é endêmica. Devia ser inventada uma vacina que fizesse retroceder a mazela da corrupção, vacina tríplice, para combater a corrupção, a ignorância e a descrença, que atacam indiscriminadamente políticos, servidores públicos, instituições, que já não merecem crédito. Seria o caso da Lava Jato, sob o comando do juiz Sérgio Moro. O poder do dinheiro escravizando as consciências, assim como o gosto do poder pelo poder. Acompanhamos a ação da polícia contra os ladrões acoitados nas favelas, também prendendo os corruptos, moradores dos bairros elegantes das grandes cidades.

A noite prometia, e nesta primeira rodada, o último afalar, conclui:

          — Nesse imenso latifúndio da corrupção em que se transformou o Brasil, o lema é que tudo está bem, desde que eu tire a minha parte. Custa acreditar que valha a pena ser honesto. Há um prende e outro solta, que faz muita gente querer ainda apostar que o crime compensa. No início do século XX proferiu Rui Barbosa um célebre discurso no Senado brasileiro, onde disse: “De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar  a desonra; de tanto crescer a injustiça, de tanto ver agigantar-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir da honra e a ter vergonha de ser honesto”. De lá para cá as coisas só pioraram. Mas votar é preciso, e em outubro os políticos eleitos esperamos que  pensem na responsabilidade que terão para com a sociedade.



NOTA - Nosso blog está em breve recesso, sua titular em tratamento de saúde. Sofreu um deslocamento no ombro direito, está em recuperação.

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