sábado, 23 de fevereiro de 2019







                           MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA
                                     Para não dizerem que não falei de samba

        


          É carnaval, as Escolas iniciam sua entrada na passarela do samba, no enredo nenhum assunto fica de fora, meios de expressar a alegria. Alas após alas os milhares de passistas desfilam frente ao público, com suas fantasias. O mestre-sala se rende, faz mesuras e se joelha diante da porta-bandeira, cujo estandarte tremula conforme a habilidade da dançarina, que rodopia para o seu par. O casal pode ser íntimo, ou pouco se conhece, ainda assim se compreende enquanto dançam, é como se só esta mulher fosse a alegria deste homem, só este homem fosse a alegria desta mulher. Dançarinos que tentam se alcançar, mas na vida real cada um levanta sua bandeira. Naquele momento mágico de amor pela Escola se afastam de qualquer maldade, estão livres de todo ciúme. Não param de dançar, até o fim da travessia, proporcionam momento de paz e alegria, é o que importa. O público aplaude, e mesmo se não levarem a maior nota, fizeram o que podiam para saírem vitoriosos. Por fim, têm os corpos cansados, mas os corações adoçados pelo amor, no caso, amor ao samba.

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