segunda-feira, 3 de novembro de 2014




                                                        


                                                     DOCE VIDA 
       





          Ninguém duvida da sabedoria comum que diz: vivendo é que se aprende. A experiência que nos leva a ganhar uma consciência sobre os valores que a vida tem. Também os sabores que deleitam os sentidos e aprimoram o gosto, mas pode acontecer o contrário, favorecer o mal gosto. Pensar na vida como bela e doce, ou nos dessabores que a vida tem. Amargo dissabor o da corrupção no Brasil, exemplo  patente do mal que assola a vida brasileira, o povo  impedido de ter boa educação e saúde.
      
          Defrontar-nos com o imponderável não é coisa impossível, a vida que parece fugir do script, e temos que decidir o que fazer em plena caminhada, até mesmo corrida. Ah essa vida tão corrida, e quão ansiosos nos tornamos! Forçar a barra nem sempre é boa medida, quando o melhor é contornar os obstáculos. Escutar as vozes que veem de fora, e a voz interior, nossa melhor conselheira e amiga, sem esquecer que existem amigas falsas.
       
        O tempo teria poder para definir uma trajetória, e por isso vou deixar a vida me levar? Ou deixar meu barco correr ao sabor dos ventos? Pelo contrário, estar atento, ter muito cuidado, que a vida não é fácil, requer aprendizado, até chegar o tempo do discernimento para agir, com segurança e sem medo. A vida exige, sim, preparação física, mental e emocional. Não tem quem não precise.
        
           E a sorte, será que existe? Lógico que tem uma certa dose de destino em nossa vida, em todas as vidas, e quanta vezes fomos bafejados pela sorte, o que pode significar ser salvos de alguma cilada, ou de cair num buraco qualquer, por exemplo. E nem agradecemos ao anjo bom que nos salvou. O azar também existe, para quem faz escolhas erradas, verdade verdadeira. Está aí - a verdade - trono que temos de ocupar, coroa a nos cingir a cabeça.
        
        Qual o caminho certo a seguir? Seria aquele que vai nos levar a ganhar a partida? É o que pensamos, mas o jogo da vida não tem fim, está sempre em andamento. Temos algumas vezes que virar o jogo, ninguém para nos soprar a boa jogada no ouvido, seria trapacear. Embora tenha gente que acredita nisso, que age por instinto, intuitivamente. 
       
        Aproveitar, sim, os ventos que sopram a favor, e mais facilmente se possa alcançar a meta almejada. Vai ter vento soprando ao contrário. Mas não se deixar levar pela inquietação, aceitando o presente e confiando no futuro. Nunca agir como se estivesse lutando contra um vendaval, ou sem saída, colocada entre a cruz e a caldeirinha. Acontece, muito mais com  os imprevidentes. Não seja um deles.
     
       Vivemos no Brasil momento de pós-eleição, não muito auspicioso, o país como que dividido. Falam no suposto comunismo de Dilma Rousseff, eleita democraticamente para comandar o país pelos próximos quatro anos, mas que teria ganho sua reeleição à presidência do país com os votos dos nordestinos ignorantes e miscigenados. Discurso segregacionista dos que  votaram no outro candidato, em sua maioria sulistas, a tal ponto revoltados, que alguns já saíram às ruas para sugerir a mais drásticas das soluções, a volta do regime militar.  


         Meu Brasil, minha vida! Peço que tenham cuidado, pois os extremistas e suas garras afiadas estão nos dois lados, para eles tudo se resume em poder, o que almejam mais que tudo. Combate sem trégua aos mal intencionados. É o que se deve fazer, e sem demora.    

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