terça-feira, 28 de março de 2017





             “A PONTE DE LONDRES CAIU”


A ponte três dias após o atentado de 22 de março



Como de praxe, já foram devidamente programadas as cerimônias para o funeral da rainha Elizabeth II, incluindo uma senha para anúncio do falecimento real: “A Ponte de Londres caiu”. Várias pontes cruzam o Tâmisa entre o City e o Southwark, que recebem o nome de Ponte de Londres, verdadeiras fortalezas, além do belo visual. Tradição e beleza o que a cidade de Londres representa em seu conjunto arquitetônico. Também nada há de mais tradicional, firme e belo para os ingleses sua realeza, na pessoa  da rainha, que acaba de completar 90 anos, e hoje reina mais não governa, símbolo nacional. Quanto a nosso passado, como reino, depois império?  Desfizemos-nos da nossa casa real, na pessoa do imperador Dom Pedro II, figura da maior dignidade, expulso do seu país sem dó nem piedade, depois de mais de quarenta anos de serviços prestados ao Brasil. Criamos então uma República, que por pouco não é uma republiqueta, como acontece com  os demais países da América do Sul.

A rainha firme e forte nos seus 90 anos


Outra notícia nos chega do Reino Unido, por coincidência, ou não: um atentado terrorista na ponte de Westminster, onde morreram cinco pessoas e quarenta ficaram feridas.  Para perpetrar seu crime, Khalid Massodo, de origem muçulmana e nascido na Inglaterra,  alugou um carro numa localidade vizinha e encaminhou-se para o coração de Londres. Na ponte, sempre repleta de gente, a maioria turistas, o terrorista arremessou o veículo em alta velocidade sobre essas pessoas, e só foi parar em cima do muro do Parlamento. Depois da performance aterradora, o criminoso saiu do carro e esfaqueou e matou um policial, quando então foi abatido. Na Câmara dos Lordes falava a Primeira Ministra, de imediato retirada do local pela Segurança. Theresa May dava início aos procedimentos oficiais para a saída da Inglaterra da UE.

A civilização mais uma vez duramente golpeada. Assustador o flagrante da turista francesa que foi jogada, ou se jogou, no rio Tâmisa, salva, e se recupera no hospital de um traumatismo craniano. O autointitulado Estado Islâmico assumiu o atentado, e faz tempo que esse terrorismo assusta toda a Europa. Não está fácil ninguém, nem mesmo para o Reino Unido, que tem uma situação econômica sólida, e pode manter sua cara realeza, digo melhor, sua querida e custosa realeza, o que para eles vale a pena, pelo que ela representa. No caso do Brexit, houve um quase empate nas votação, e há protestos nas ruas de Londres.


Aqui no Brasil não sofremos com o terrorismo, pelo menos, por enquanto. Também não temos essa opção de sair ou ficar na EU. Sem realeza, nem coisa alguma nesse sentido,  elegemos como salvador da pátria um presidente sertanejo e analfabeto. Nada contra o sertanejo, ou a pessoa inculta, brasileiros como qualquer um de nós. Somos, sim, contra o despreparo para o exercício do maior cargo do país, em cujas mãos colocamos nosso destino. Faltam bons exemplos na política, aliás, são péssimos os exemplos que temos.  O mau costume dos políticos brasileiros roubarem o dinheiro público. Certo que tudo seria bem melhor se o comando do Brasil estivesse nas mãos de pessoas de real nobreza, coroadas pelo caráter.  

    

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