sábado, 1 de abril de 2017





         
                 





          A vida nos faz dar muitas voltas para chegar a qualquer parte.  Nada de importante que se queira, vai acontecer de uma hora para outra.  O costume é dizer que a felicidade não cai do céu; a infelicidade também não. Nada acontece ao acaso, tudo tem sua razão de ser, o que pode ser por conta da tal lei de causa e efeito. Um filme argentino conta a história de uma vaca no Japão que caiu do céu em cima de um barco e mata uma noiva, no exato momento em que o noivo ia fazer seu pedido de casamento, um fato real, contado como uma lenda. Não seria um acontecimento inusitado se fosse uma bomba que tivesse caído sobre o casal, uma vez que aconteceu em plena guerra, mas tratava-se do roubo de algumas vacas por soldados inimigos, e o avião foi abatido. O infeliz japonês partiu para América, do outro lado do mundo, depois de outros tantos percalços, mas sempre com serenidade, ele conseguiu refazer sua vida.  Coisas acontecem contra nossa vontade, o que se deve é ter serenidade para enfrentá-las.
        
       Sempre que for necessário, ignorar aquilo sobre o qual não temos controle, em contrapartida, agir conscientemente para que aconteça o melhor. Ao acordar e sentir a luz do dia, agradecer o sol que está ali para iluminar, aquecer, fazer florescer a natureza, da qual fazemos parte, com que fica mais doce o nosso viver.  Saímos da noite escura, ou do caos do inconsciente, para a luz do dia, ou da consciência. Tomar posse do dia e de nós mesmos para irmos em busca do que se quer, não sendo em vão todo e qualquer esforço. Fazer o que for necessário pelo próprio bem, e evitar que algo aconteça a desfavor. Quase todos nós podemos ser mais sábios e felizes, uma capacidade que temos. E mais importante de tudo, nos encaminharmos para um contentamento moderado, em vez de grande satisfação, que pode levar a uma imensa insatisfação. É certo que muito desse sentimento de frustração que grassa na vida moderna é por conta do nosso exacerbado querer. “Nós adquirimos as virtudes através da prática” escreveu Aristóteles. Aprender a sentir a emoção correta, fazer o que é correto e com isso adquirir o que os estoicos  chamavam de “um bom fluxo de vida”.







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