segunda-feira, 21 de agosto de 2017





                               A FÉ QUE NOS SALVA





      

       Navegar ao sabor das águas, ou do tempo, esse o destino do homem. A vida como uma barca que singra doces e mansos rios, ou percorre mares de ventos e tempestades. Embarcamos numa viagem sem volta, não por escolha própria, mas pelo desejo do um homem e de uma mulher - pai e mãe. Nós, seres racionais, que viemos ao mundo por força da natureza e pelos desígnios de Deus, que criou a natureza e o homem.
      
      A natureza, em sua inconsciência, impulsiona a vida. Mas o destino do ser humano, racional, é realizar uma viagem evolutiva até a Consciência. E quão forte é a nossa vontade de sorver os sabores que a vida tem, experimentar seu gosto bom de viver. Sem deixar de provar das amarguras. Alegrias e tristezas nossas de cada dia, o grau a depender das escolhas feitas. O homem pode ir longe, mas está sujeito a soçobrar, na sua frágil embarcação.
     
      A natureza é pródiga em nos ofertar o necessário para nossa sobrevivência, e que se possa ainda viver na abundância. Sem que os bens sejam dilapidados, mas se valorize e preserve o que se tem. O princípio da ponderação nos acuda, e não se queira ser mais, nem menos, do que é. No mínimo, tenhamos dó de nós mesmos. Cuidado, a complacente natureza pode tomar raiva do homem!
     
     A civilização é como uma imensa nave, que hoje singra mares nunca dantes navegado. E perguntamos, é a civilização, ou a barbárie, que queremos ter? Os valores morais da civilização cristã, ora aviltados, podem ir por água abaixo, não mais existir tragados pela maré de iniquidades. E quanto é importante a consciência moral para o nosso tempo, para o nosso mundo. Os novos navegantes estão carentes de bússola, farol, guia, nessa viagem mar adentro, numa travessia cada vez mais perigosa. 
      
     Falam que a fé cristã está em extinção, soçobra, mas ainda bem que podemos contar com essa nave Mãe, que conduz o homem ao porto seguro do amor de Deus, que alimenta a alma, consola, anima, redime. Calcada, não numa lenda, como dizem os detratores, mas erguida em bases sólidas: a tradição judaica, e a  consciência moral dos apóstolos de Cristo, que atuavam na comunidade em que viviam.  

      
     A consciência apostólica foi um abrir-se para o mundo rico de possibilidades, e logo estaríamos às portas de uma nova civilização.  Um crença revolucionária, defensora dos valores humanos. Hoje, excêntricos pregadores falam da possibilidade de um outro tipo de existência, fora de qualquer significado humano, religioso. Insanidade! É a fé que nos salva, e com ela vamos lutar até o fim contra a ignorância e a barbárie que querem disseminar no mundo. Amém!

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