terça-feira, 23 de janeiro de 2018


                                          
                     TERRORISMO DOMÉSTICO


Tiroteio em Las Vegas



            O Ocidente padece com o terrorismo islâmico, o mais cruel aconteceu em Nova York contra as Torres Gêmeas. Os ocidentais vítimas também do chamado terrorismo doméstico, desde o atentado em Columbine, quando nos Estados Unidos um aluno metralhou os colegas e professores da escola onde estudava. Esse tipo de crime comum em solo americano, pessoas afeitas às armas, e foi assim que um colecionador teve a livre audácia de se instalar com seu arsenal de guerra em um hotel em Las Vegas e de lá metralhar as pessoas que assistiam um festival de música country, matando centenas e ferindo outras tantas. Estranho como esse ser abjeto pôde entrar no local sem ninguém perceber um hóspede estranho como aquele?
   
        O terror nos afronta, e nos últimos dias acompanhamos estarrecidos o que aconteceu em  Perris, um bairro de classe média na Califórnia, suas casas confortáveis, e no interior delas um casal com treze filhos, pareciam pessoas comuns, mas nem tanto. Os vizinhos não perceberam nada estranho, até que veio à tona a triste realidade daquela tão infeliz família. Foi um tapa na cara de uma sociedade que se orgulha de respeitar as liberdades individuais. Justamente por isso não  foi dada maior atenção aos Turpin, os pais por anos mantendo em cativeiro seus filhos, de 2 a 29 anos. Fica a certeza de que as coisas não são tão simples de prever e avaliar em se tratando de seres humanos, infelizmente. E o que se deve é olhar com atenção o que se passa em volta. 

        Olhar em volta, observar o meio em que se vive, sem se estressar, e ver o que pode, ou não fazer para evitar tragédias e ajudar o próximo. Há pouco na Inglaterra, o choro desesperado vindo de uma casa chamou a atenção dos policiais, que passavam pelo local, e foram ver o que acontecia, encontrando um casal de idosos numa solidão insuportável. Qualquer sinal, vindo de onde vier, pode ser que algo esteja errado. Não se trata de invasão de privacidade querer saber o que acontece com as pessoas por perto. Antigamente tinha dona Maroca na janela, e certamente nada lhe escapava  do olhar, dá até saudade do sorriso vigilante da idosa, melhor do que nada. Hoje ninguém tem tempo de observar a casa ao lado, sentir a presença amiga de um vizinho, estamos sempre  apressados e acessados à tecnologia. 
  
        As pessoas o tempo todo estão com suas cabeça vergadas sobre o celular, que usa para o trabalho, e o pouco tempo que resta postar nas redes sociais. Não seria melhor que levantassem o olhar para ver as pessoas, das muitas que precisam de um olá, ou sentir que tem alguém ao lado, pessoas amigáveis, sem querer bisbilhotar. E não acredito que o para Francisco tenha acusado as Irmãs católicas de fofoqueira, o que nem dona Maroca era de verdade, o que digo abem da verdade, e estou certa disso.  O ideal cristão de interagir positivamente, e não fuçar a vida dos outros, qual um terrorista faz com o inimigo para poder atacar, comum hoje em dia. Os terroristas islâmicos atazanam a vida dos cristãos no Oriente, mas no nosso país ainda se pode exercer em paz nossa profissão de fé, felizmente. Por temperamento, por  nossa cultura miscigenada, ou simplesmente por bom senso, procedemos de forma benéfica para todos. Assim seja!

                                    


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