terça-feira, 24 de março de 2020






                TEMPO, TEMPO, TEMPO...




O agudo vagido do bebê ao nascer é sinal que o ar entrou em seus pulmões. Sinal exterior de vida, presente desde a concepção. O primeiro respirar desse ser especial, até que dê o último suspiro.

 A vida é-nos revelada com seus sabores e suas dores. Além do primordial ar, começamos a sorver o sabor doce da vida com o leite materno, ao lado da experiência da dor, que a fome revela desde o início.

Em quase tudo igual e ao mesmo tempo diferente dos outros animais, o homem é um ser frágil, que necessita de cuidados especiais, assim como vai precisar de  importante aprendizado.

De corpo e alma entramos na vida. Vem a infância, seguida da juventude, idade adulta e maturidade. É o tempo que passa, convenientemente delineado e nomeado. Idades preciosas, que temos de aproveitar ao máximo. E a humana ânsia de viver não é pouca.

Os anos passam, e chega o tempo em que o peso da idade nos faz desacelerar. Sentimos então a paciência se esgotar, o não querer se aguçar, e ainda sobrar inquietações. Mas estar vivo é um privilégio na velhice, como em qualquer idade.

Se perdemos energia com o tempo, o sabor da vida parece que melhora à medida que transcorrem os dias, as horas, os minutos. Quão precioso em nossas vidas é cada segundo! Ter então a graça de ficar velho e poder confessar que sabe viver, hoje, melhor que tempos atrás.

Sim, sobram dores e arrependimentos, mas a sorte é que nossa alma é também fonte inesgotável de esperança e alegria.

Aproveitemos o tempo precioso dos sessenta anos, e algumas décadas mais.
    

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