quarta-feira, 8 de julho de 2020






ECUMENISMO - 3







Surge um inimigo comum a todas as crenças religiosas — a ideologia do ateísmo. A religião cristã e católica tendo por séculos de combater as heresias. A Reforma de Lutero causando a maior fissura entre os cristãos. A Unificação sempre na mente, tanto de católicos quanto de protestantes. 

Tão universalmente aceita no mundo ocidental, ninguém discutia a existência de Deus. Ponto pacífico a crença em Deus, personificação do Bem. O Desconhecida até o século XVIII, a palavra “ateu” era um insulto, até há pouco tempo era assim. Até meados do século XX eram taxados de “ateus” as pessoas que procediam mau, com más tendências.  Tornou-se então corriqueiro falar assim.

O nome ateu, no momento em que a ideologia ateísta se infiltra em todas as camadas sociais, designa não apenas ausência da crença, mas negação de Deus. Volta-se contra o espírito religioso. Começou na Rússia comunista e ateia, com perseguições direcionada aos cristãos ortodoxos, que atingiam igualmente católicos e protestantes.

O ceticismo científico acusa as religiões de serem responsáveis pela ignorância e de todas as mazelas existentes, assim como acusaram os judeus no passado recente, resultando no holocausto. Mentira mais deslavada não há. Como a ciência não encontrou evidência material, científica, da existência de Deus, negar foi a solução materialista.
          
          Ateísmo e irreligiosidade são modos diferentes de apreensão da vida. O ateu é diferente do não-religioso. O budismo, o hinduísmo são filosofias seculares, que não se enquadram no que se sabe sobre religiosidade, que é a crença no espírito, nos fenômenos sobrenaturais. Também não cabe a denominação  de ateu a quem não professa determinada fé.

O ideologia ateísta não inclui a discussão sobre o bem e o mal, da mesma forma como fazem as religiões. Necessária a abordagem religiosa sobre a vida, a revelação de certas verdades. Voltaire dizia que se Deus não existisse era necessário inventá-lo. E se Deus fosse uma invenção da nossa racionalidade? Que extraordinária invenção.

O Ecumenismo surgiu numa coincidência dramática quando rebentou a Primeira Guerra. Nos termos do protestantismo, é de união entre suas igrejas, criado o Conselho Ecumênico entre as igrejas protestantes. Na Igreja Católica houve o esforço de São João XXIII, que convocou o Concílio Vaticano II, como havia acontecido com os papas que o antecederam, a partir de Pio IX do primeiro Concílio Vaticano. 

É importante esclarecer que o ecumenismo visa o diálogo respeitoso entre as religiões, o que é bem diferente do sincretismo religioso, que quer a mistura de ritos e elementos doutrinais das diferentes religiões, em muitos aspectos, incompatíveis em conteúdo teológico. E diante das ideologias modernas, da descrença generalizada, ocorre a tendência de alguns religiosos à militância social e política materialista excludente, puro veneno, em desacordo com o que preconiza a verdadeira Doutrina Social da Igreja.     


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