terça-feira, 14 de julho de 2020




    PESQUISA DA PANDEMIA            


        

                                       SANTA SOFIA








    
             “Com este sinal vencerás.” A cruz era o sinal contido nas palavras ditas em sonho ao imperador Constantino. O Império Romano em constantes guerras,  de 305 a 324 não soube o que era a paz.  A igreja em terríveis perseguições que aconteciam  mais no Oriente. Foi uma estrondosa vitória, que dava aos cristãos  o direito de liberdade de existência. Constantino partia em combate tendo como símbolo a cruz, suas vitórias amparadas na fé cristã. O convertido estava desgostoso com o paganismo, ainda mais com os  bárbaros já nos arredores de Roma, resolve transferir a capital do Império para o Oriente.

          Constantino escolhe fundar uma cidade em um pequeno burgo de Bizâncio seguindo aquela misteriosa ordem. Um lugar excepcional, onde os gregos haviam fundado uma colônia marítima, que prosperara modestamente.   Fundava-se ali uma “nova Roma”, com prerrogativas de  capital, suplantando em muitos pontos a antiga. Durante seis anos o imperador dedicou-se às obras, arregimentando materiais preciosos e talentos em todo o império. Na nova capital, que recebeu o nome de Constantinopla (atual Istambul),  os monumentos erigidos,  superavam  todos os outros em medida e luxo: Santa Sofia, o Palácio e o Hipódromo; respectivamente, residência dos três poderes que iam partilhar dos destinos da nova capital do império: Deus, o Imperador e a plebe.

        O imperado perdia todo o contato com a antiga capital, que foi abandonada à própria sorte. O Império divide-se. No Oriente a civilização bizantina recebia uma herança que se desenvolveu ao longo dos séculos. No Ocidente a civilização romana desmorona diante das investidas dos germanos e dos hunos. Roma declinava e perdia toda sua importância econômica. A Igreja,  deixada para trás, acabou por salvaguardar-se do poder daqueles  imperadores. A cidade de Constantinopla  tornou-se a glória do poder de Bizâncio,  causando o futuro cisma grego. Na Cidade Eterna consagra-se o poder pontifício.

      Santa Sofia -  homenagem à Sabedoria de Deus, é prova de um intenso fervor cristão, que ao longo do tempo esteve sujeita a sérios percalços. Nos primeiros séculos da era cristã duas vezes destruída por terremoto e pelo fogo. Reconstruída pelo imperador Justiniano (532-537), nada restando da antiga igreja construída por Constantino, apenas o local que se destaca há dois milênios na paisagem, e, em especial, na fé. No meio do caminho de Santa Sofia estiveram os otomanos, em 1453 o sultão Mehemed II que assumiu o controle do Império Romano do Oriente e transformou Santa Sofia em mesquita.

      Entre 1204 a 1261 foi Santa Sofia convertida em catedral católica durante o Patriarcado Latino de Constantinopla que se seguiu à Quarta Cruzada. Foi ali que em 1054, o cardeal Humberto excomungou o patriarca Miguel I Celulário, iniciando o Grande Cisma do oriente que perdura até hoje. Foi transformada em museu da recém-criada República da Turquia. Soube-se há pouco que a antiga catedral cristã foi transformada outra vez em Mesquita. As Igrejas ortodoxas declararam: “Uma grande perda para os cristãos de todo o mundo.

  


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