segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

 

 

 

                                    PAULO DE TARSO

 


 

Marta convida Mirtes e Sofia para acompanhá-la ao retiro espiritual que ia fazer no colégio católico onde cursara todo o ensino, até entrar para a faculdade. Convite que as duas amigas de imediato aceitam, mesmo não sendo católicas praticantes. Já estavam no terceiro e último dia do encontro, tinham acabado de assistir a palestra sobre Paulo de Tarso, e estavam ávidas por um cafezinho. Como sempre fazem vão até a cantina.  Mirtes apressa-se em revelar ser apaixonada pelo santo, fala primeiro:

— Uma bênção ter existido ao lado do apóstolo Pedro o exegeta Paulo de Tarso, judeu de nascimento e cidadão romano, que se converte em Damasco. A doutrina apostólica santamente elaborada por Paulo, pôs abaixo as crenças existentes na imperial Roma, até então o centro do mundo e um cadinho cultural. Decadente Roma, então surge uma nova fé, sendo perseguida e obrigada a se refugiar nas catacumbas.

Marta também dá seu depoimento sobre o apóstolo tardio de Cristo:

— O nascente Cristianismo acaba por reerguer o mundo antigo em novas bases. Um verbo transformador o de Paulo, que prende e liberta ao mesmo tempo, que desfaz os nós responsáveis pelos entraves ao desenvolvimento espiritual. Universal, Paulo impulsionou as  mentes de então a alargar os horizontes da alma, como acontece até hoje. E lendo suas cartas sinto ímpeto de obedecer ao seu chamado, como ele obedeceu à voz que o chamou.

 — O mesmo acontece comigo — fala Sofia. Por essa paixão fui tempos atrás a Éfeso, na Turquia. Pude sentir a força da presença de Paulo naquelas ruínas, falando de Jesus Cristo e sua ressurreição. Aspiro chegar ao entendimento de suas palavras, mas tenho a cabeça tão repleta de imagens, leituras, e tudo mais que a minha sôfrega curiosidade mental alcança, em detrimento do que minha alma aspira. Mesmo assim, no mínimo, faz-me um bem imenso saber da existência de Paulo, conhecer suas ideias.

Marta é católica praticante e também apaixonada por Paulo de Tarso, volta a falar:

— Paulo de Tarso consolidou o cristianismo. Mesmo sendo um homem controverso, de início, mas com sólida cultura, e espiritualmente amadurecido para a fé que ia abraçar e defender até a morte. Sem Paulo não sei o que seria da fé cristã, tão santa e tão castigada por seus erros. Paulo foi decapitado  em Roma, no ano de 67 dC. Aconteceu após intensa doutrinação do São Paulo pelo mundo, a quem legou obra extraordinária.

As amigas tinham que voltar para a última palestra, as três dando demonstração de estarem saudosas daqueles dias. Estavam cientes do muito que aprenderam, e mais ainda, vivenciaram no convívio de tantas almas se não de todo santas, predispostas ao bem.

 

 

 

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