terça-feira, 31 de dezembro de 2013

ADEUS ANO VELHO






        

       “Ano especial o de 1945, meu irmão com seus soldadinhos de chumbo, em pleno ataque, quando soubemos do término da guerra e do fim de Hitler. Disse nosso tio indignado: “Aquele lá era uma besta quadrada”. Estava encerrada no cenário mundial a ação ridícula e perversa de um louco. Eu toda feliz com meu lápis de ponta afinada, caprichava na caligrafia, entusiasmada por já saber ler e escrever, que tudo de bom me adviria do grande feito. Aos sete anos, depois da evolução de andar e falar, o trunfo civilizador da palavra escrita. avisavam que tinha entrado na idade da razão. Fiquei intrigada. A explicação é que eu passava a ter discernimento do que é certo e errado. As mães ora austeras, ora de uma sofrida benevolência. Ainda não apresentadas às ideologias permissivas e à autodeterminação das crianças, das futuras gerações, adeptas a tais coisas, absurdas àquela época.”

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