domingo, 4 de janeiro de 2015




              TER RELIGIÃO: QUESTÃO DE PRINCÍPIO





 

        Andam dizendo por aí que as religiões estão prestes a sumir da face da terra, o mundo aos poucos perdendo contato com o divino. A vida contemporânea  não aceitaria mais a ideia de uma moralidade imposta para religião, quando as pessoas hoje só pensam no aqui e agora e a satisfação de sua necessidades, que vão da fome à luxúria. Mas desde priscas Eras que a religião trata de desenvolver traços morais no indivíduo e na coletividade, responsável por uma sociedade de coesão e cooperação entre seus membros. A fé ajudou a elaborar e manter códigos de ética, para onde podemos   voltar nossos olhares em momentos amargos, de difícil solução dos problemas, não apenas morais, ou de vazio existencial, mas físicos, materiais.

         Temos que reconhecer que em seu caminho pela terra o homem evoluiu, acompanhado pela fé, que conhece não apenas o que é preciso para a sobrevivência, mas para a felicidade humana.  Tanto assim que um mundo sem religião seria indesejável, mesmo impossível. Em cada casa havia no passado um altar e seu deus familiar, que aos poucos passou a constituir uma religião (religação), de âmbito mais amplo, até o universalismo. A religião que faz acordo com a filosofia e o conhecimento científico, com a própria modernidade. Mas certas coisas são incompatíveis com a vida espiritual. Como disse o papa Francisco por ocasião do Natal de 2014, principalmente no que se refere à Cúria romana, que ele diz está sofrendo de "Alzheimer espiritual" e "terrorismo de fofoca". Constituída de princípios, de preceitos, a fé é um porto seguro para nossas angústias. O doce abrigo que é a religião, onde não há dúvida da cura para todos os males que vêm do ódio e da falta de amor nos corações.     

 


 

 

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