segunda-feira, 5 de março de 2018






                                  MULHER DE OITENTA


OSCAR 2018




Oito décadas de vida merece uma retrospectiva. Tempo que a fez experimentar grandes momentos de uma árdua batalha, ou compassos de uma canção, tipo “deixa a vida me levar...”. Mas nada que não merecesse de bom, ou não pudesse de ruim suportar.

Desde a juventude, o amor, sua melhor conquista, que resiste ao tempo. Os filhos, que milagre gerá-los, e o mistério de sentir suas dores como fossem próprias, desde os gazes dos primeiros meses. Melhor que tudo é sorrir com eles vida afora. O tanto que os filhos preocupam e mais ainda dão alegrias.

As alterações no físico chegam com os anos, assim como a alma se modifica   com o que lhe for agregado. Os bons sentimentos, o quanto a pessoa se beneficia com eles, enquanto os maus geram perdas. Envelhecer em bom nível mental e emocional é o ideal de vida a ser alcançado.

As naturais alterações no corpo, e as mudanças no rosto, as rugas, se não existissem, ficaríamos iludidos de ser eternamente jovens. Risos e lágrimas, se escondem em cada dobra, em cada cicatriz, que fazem viver e crescer. Não queria uma vida melhor, que se tivesse planejado não seria tão boa e tão rica. As marcas do tempo não desaparecem, nem se apagam as alegrias e tristezas da memória.  

De repente 80, e o espanto com tantas emoções que o coração pôde suportar, e não há como medir. Conquanto a ciência prometa medir as batidas do coração em toda a vida, e muito mais que vem por aí. Nada que faça o ser humano deixar de cumprir o seu destino.

História igual a tantas outras, emoções antigas e recentes. E para maior surpresa as emoções mais recentes são as melhores. Sentir-se privilegiada de ser uma mulher feliz, como se tivesse por toda a vida apenas motivos para alegria! Vitórias memoráveis, em especial, as interiores!

Por fim há a perspectiva da morte, não sendo nada fácil para a espécie humana ter consciência da mortalidade. Resta encarar a morte como uma conclusão, culminação da vida, e sentir que vale a pena viver. Conferir dignidade à vida e à morte. O heroísmo com que se vive e morre, e aos oitenta poder dizer com humildade: "Missão cumprida até aqui, que venham mais e bons anos!" 






FELIZ DIA DA MULHER – 8 DE MARÇO



Nenhum comentário:

Postar um comentário