sexta-feira, 15 de junho de 2018





                               COPA 2018 






Mais uma Copa do Mundo, quando então os países concorrentes ao título mundial apresentam-se com suas Seleções, formadas pelos melhores craques da bola no pé. As partidas acontecem em grandiosos estádios e são também transmitidas pela televisão. Milhões e milhões a vibrarem com alguns poucos chutes certeiros no gol, enquanto o mais das vezes são bolas fora, na trave, para o escanteio, e por aí vai. No jogo, como no dia a dia  dos  espectadores,  e mesmo fora da Copa, nos países  poucas  são as ocasiões para fazerem  as pessoas vibrarem com suas boas jogadas. Não faltam guerras e miséria no mundo.

No futebol, após dois tempos de 45 minutos no campo, por fim, a vitória de um time e a derrota do outro, o que é inevitável em qualquer disputa. Uma diversão de apenas uma hora e meia, depois são as comemorações pela vitória ou o choro pela derrota. No Circo Romano, violência e morte faziam parte do espetáculo, enquanto no futebol, inventado pelos ingleses, os jogadores são controlados dentro do estádio com regras rígidas para eles não partirem para a agressão pura e simples. Não raras vezes a violência acontece, ou então transborda para fora, quando as chamadas torcidas organizadas enfrentam o adversário, até com mortes.  

Nesta Copa de 2018, na Rússia, o Brasil tem o técnico Tite e está muito bem cotado para ser o campeão. Lembro da Copa de 1958, na Suécia, quando o nosso país venceu a própria anfitriã, e foi pela primeira vez campeão mundial. Onde estávamos na ocasião? Lembro que vinha da faculdade no bonde Gonçalves Dias, em São Luís  e vi as pessoas na rua Grande gritando o nome do Brasil o de Pelé. Tinha também Garrincha e outros nomes inesquecíveis. Fazia gosto conhecer gente daquele valor e um Brasil a desfrutar do sucesso, apenas nos campos de futebol, mas já era alguma coisa, e que não ficasse nisso.

Festa maior foi em 1970 com o tricampeonato, em plena ditadura militar. A honra dos brasileiros parecia lavada. A democracia só restaurada alguns anos depois. Por alguns anos sem vivência democrática, a consequência é que nosso país perdeu o prumo, passou a nadar em águas turvas na políticas e respectiva corrupção. Somos, hoje, um Brasil com mais de duzentas milhões de habitantes, que sofrem com a falta da saúde, educação, saneamento básico, moradia e tudo o mais. Não agradou a ninguém ver a seleção brasileira viajar para a Rússia em avião adaptado para o luxo dos jogadores, enquanto os campeões de 2014 na Copa do Brasil viajaram em avião comercial na classe econômica. Uma possível vitória na Copa de 2018 pode levar os brasileiros à empolgação, mas não é só o futebol que une as nações e as pessoas, pensem nisso sobre o nosso Brasil.      

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