quarta-feira, 27 de junho de 2018






   NÃO DEIXA CORTAREM TUAS ASAS!



 Céu azul anil,um bando de estridentes gaivotas abrem suas asas sobre o mar, e com extraordinária rapidez e precisão tirarem das águas o alimento.  Instinto e visão privilegiados possui essa espécie de pássaro, como alguns outros irracionais. E quanto a nós seres racionais, o que temos para nos considerar superiores e donos de toda a natureza? Não temos asas para voar, nossa visão limitada, e o que nos distingue dos outros animais? Dizemos com a boca cheia que temos a razão, o que as lindas gaivotas não têm. Realmente, extraordinária a capacidade humana de raciocinar, também de intuir. Nossos pensamentos como gaivotas.

"Não deixa cortarem tuas asas”, disse um dia a tia para a menina, e explicou que a sobrinha tivesse paciência, podia ser de alguma forma vencida por sua condição feminina, mesmo assim sairia vencedora, se cuidasse em não fraquejar, tivesse coração e voz, além de um nome e um endereço. Se for seu destino ir tão longe, que tenha um cúmplice à altura da empreitada. Não querer o que der e vier, mas deixar que a vida flua com suas surpresas, e a vantagem de se ter um passado e um futuro a conferir. 

        As conquista científicas e tecnológicas em sua maioria têm como origem a paternidade, não há como negar. Mas de especial relevância o papel maternal nas realizações humanas, desde priscas eras. Filosofia, arte, religião, por conta do sentimento, que vem do âmago do ser. Precisamos de Deus, bem acima da nossa racionalidade, da nossa personalidade, da "divindade" que se queira ter.     

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