sábado, 20 de abril de 2013


             “ISSO NÃO TEM O MENOR SENTIDO”




Foi como o papa Francisco manifestou pesar ao saber do recente atentado em Boston nos Estados Unidos. As mesmas palavras que expressaram a dor da mãe de duas vítimas: um garotinho de 8 anos, Martin, que morreu, e sua irmã que teve um membro amputado. A família Richard estava no lugar errado e na hora errada? Não, estavam no lugar certo, acompanhando a tradicional maratona da cidade, à sombra da árvore. Justamente ali onde foi deixada a mochila com uma das duas bombas, que as evidências indicam ser dos irmãos Tamerlan Tsanaev de 26 anos e seu irmão Djokhar de 19 anos. Do outro lado da avenida explodia a outra bomba, onde um maior número de pessoas estavam reunidas para assistir ao evento que acontece em Boston desde o século XIX. Houve três mortes e mais de 180 pessoas feridas.
Os dois rapazes foram fotografados através de filmadoras e celulares, sempre acessados nessas ocasiões, dos quais os criminosos não escaparam. Lá estavam eles bem vestidos e de boné, chegando e saindo dos locais onde haviam colocado as mochilas com a bombas dentro de uma panela de pressão, para aumentar o potencial da explosão. Descobertos de imediato, o mais velho dos irmãos, considerados agora terroristas, morreu no tiroteio com a polícia, e o mais novo está ferido em um hospital de Boston depois de resistir à prisão e se esconder em um barco. Os chechenos naturalizados americanos tinham explosivos junto ao corpo, o que é típico dos que têm ligação com o terrorismo internacional. Estudantes universitários eles optaram pelo inferno do terrorismo, a viver tranquilos num país que os acolheu ao pedirem asilo político, uma vez que a Chechênia luta pela independência da Rússia.
Parece um mundo impossível esse em que vivemos. Há poucos dias um assalto seguido de morte de um jovem revoltou os brasileiros. Victor Deppman chegava tranquilamente em casa depois das aulas e foi surpreendido por um menor de idade, que ia completar 18 anos dois dias depois. Uma barbaridade que vimos acontecer diante das câmeras, o “menor” matar covardemente o jovem estudante, que não reagiu ao assalto, entregou o objeto, mesmo assim sofreu um tiro na cabeça. A visão de crime tão covarde tornou maior a indignação, para que fosse diminuída idade penal. Seria a lei João Vitor, o que é muito justo, e que seja em plena comoção, sim. O menino João Hélio foi outra vítima de assassinato brutal ocorrido em 2007. Acontece que as coisas não são simples de resolver. A CNBB já se manifestou contra a diminuição da idade penal. É uma voz abalizada sobre assuntos humanos que temos de escutar, mas não a única.

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