domingo, 14 de abril de 2013


                  
                   UMA NOVA LEI ÁUREA?

 


O serviço doméstico considerado como uma espécie de semiescravidão, que a dona de casa dividia com sua empregada dentro do lar, as duas mulheres solidárias e amigas, principalmente devido a procriação. Desde priscas eras as mulheres sujeitas ao trabalho, dito inferior, que é cuidar do lar e da prole, as mais aquinhoadas contando com as empregadas, em condição favorável para ambas as partes. Ou mesmo desfavorável quando a empregada não tinha condições de assumir tal tarefa, em sua maioria. A nova lei anunciada pelo presidente do Senado dá direitos às empregadas domésticas, como qualquer trabalhador, com horas extras e outras coisas mais, que serão contabilizadas nos custos desse empregado. A pretensão é fazer justiça a uma classe esquecida e requer cautela do outro lado da mesa, não apenas das refeições, mas das negociações. 
A mulher que tem filhos pequenos e precisa trabalhar fora não pode prescindir de ter uma empregada, enquanto estiver ausente, até mesmo para pagar a empregada. Um ponto crucial, também para a outra parte. Se a lei das domésticas for para valer, tem de furar a resistência arraigada em certos costumes do brasileiro. Se a família não puder arcar com as despesas, a mulher vai ter de ficar em casa, ou então o marido. Um acordo entre homem e mulher que tem de existir. A sociedade que promove igualitarismo geral e irrestrito. Verifica-se nos comentários masculinos na imprensa e de boca em boca, que são eles, homens, os mais intrigados com a PEC das domésticas.
 O bom é que a nova lei pode, inclusive, promover a cooperação da família na divisão das tarefas do lar, no que for necessário, abolindo a distinção, coisa atípica para o machismo brasileiro. A própria mulher não se sente muito à vontade com o homem na cozinha, ou fazendo a cama. Acerto que acontece na relação de trabalho entre empregador /empregada doméstica, que passa a ser menos pessoal e afetiva, e  mais profissional. O lar gerido com competência, como deve ser. Que assim seja! É ver para crer.    




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