domingo, 17 de novembro de 2013



                                       DAS ROSAS E DOS ESPINHOS


     


       Viver num mar de rosas, quem não deseja para suas vidas? Quem não quer usufruir da beleza, conviver com pessoas boas, maravilhosas, inclusive, cheirosas? Quão belas são as rosas, assim como certas pessoas. Aliás, todo mundo tem esse lado de pura ilusão. E os espinhos? Ferem as  pessoas, por demais sensíveis – mais de si, que dos outros – que detestam ser contrariadas, contestadas, se acham donas da verdade, donas de todo mundo, superiores. Geralmente só querem ver o que lhes interessa. Espiritualistas, ou primitivistas, descem às profundezas do inconsciente, em busca da sabedoria de vidas passadas, sem restrições. Prefiro a crença dos carismáticos católicos, que a Igreja aceita com reserva, um modo bem evoluído de elevação até Jesus, o Mestre dos Mestres, Aquele que habita a consciência cristã, ao lado de Sua mãe, Maria, a mais bela e perfumada Rosa. Essa a mística que me seduz, mas só os puros e humildes de coração podem alcançar. Melhor encarar a verdade sobre o ser humano, sobre nós em particular, esse animal racional, que pensa e ri; que cheira e fede. Somos seres racionais, conscientes, também irracionais, podres, principalmente, nas profundezas da alma, no inconsciente. A mente nos proporciona a consciência racional. E para nossa alma temos o dom da  contemplação, do amor pela  vida. Razão e contemplação bastariam para nós, pobres mortais, mas não bastam, queremos o impossível! Sabemos que Olavo Bilac tinha o dom de “ouvir estrelas” para compor sua bela obra poética. Assim como outros poetas místicos, entre eles Fernando Pessoa e Rilke. O romantismo francês produziu expoentes da poesia, os chamados “malditos”, entre eles Beaudelaire e Verlaine. Fico por aqui.  



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