quinta-feira, 14 de novembro de 2013




                                           DOS AFETOS
             






        O drama de quem não tem capacidade de amar é se envolver em ciladas, ser lavado pelas circunstâncias. Os relacionamentos humanos de amizade, por exemplo, como qualquer outro, têm regras, isso para não acabar em decepção para as parte envolvidas, não desande em desafeto. É aquela coisa da receita do bolo, cujos ingredientes têm que combinar para que a mistura resulte num bom produto, ou para o conforto da alma, no caso da amizade. Certas condições definem as relações, se boas ou más, positivas ou negativas. 
        Há as pessoas fechadas, não adianta querer forçar a relação, ter um contato mais próximo. Outras se entregam sem medir as consequências. O mundo cheio de serpentes venenosas e lobos em pele de cordeiro. Têm que respeitar e se dar ao respeito. Nem sempre são flores o que se posta no Face, às vezes, parece um murro de lamentações, pessoas que expõem suas conquistas, dores, frustrações. Pouco há o que fazer, pela distância e falta de conhecimento sobre este ou aquele fato. Há intenções boas, outras algumas confunde mais que outra coisa. A vida também é confusa, e temos que entendê-la. Por exemplo, se perdemos algo, se as pessoas se afastam de nós, não quer dizer que nossa vida se perdeu, pouco adiante se lamentar. 
        Sentir algo mais por uma pessoa nem sempre é o começo de um bom relacionamento amoroso. Muitas pessoas forçam a barra, como se diz. Melhor parar de se enganar e não arriscar numa relação inconveniente.  Como saber o que nos convém? Ninguém sabe ao certo, ás vezes, só vivenciando para saber. Escreveu Lya Luft:  “A maturidade me permite olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranquilidade, querer com mais doçura.” O certo é que a felicidade é uma conquista, que demanda coragem, determinação. Não ter ilusões, sim, mas deixar as coisas correrem sem lutar pelo que se quer de verdade, não é boa política, e pode prejudicar a si a outros envolvidos nesse drama. Não é preciso perder a doçura, mas enfrentar o inimigo, que pode ser a própria pessoa, que não sabe ter vontade própria, prefere entregar os pontos. Vale a pena se deixar levar pelas circunstâncias?


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