quarta-feira, 29 de outubro de 2014



                                                                   


                                                    COISAS DA VIDA                            
                  

             
                  Crescer e mudar, perder e ganhar, reencontrar-se, ao se perder, achar uma saída, são coisas da vida. E que se tenha coragem para enfrentar  com serenidade e sabedoria os desafios, sejam eles grandes ou pequenos. Em primeiro lugar, vencer a si mesmo, seu egoísmo, sua soberba e ainda falar de humildade. Uma fase difícil para quem vive no Brasil, quando forças se unem, não para ajudar, mas para o tudo, ou o nada, pessoal, partidário. Justo quando vivemos um tempo memorável, de progresso e avanços sociais, famílias saindo da miséria, com motivos para comemorar, e o que se vê, ouve, lê e pura beligerância.
                
             O ser humano parece que não tem mesmo jeito. E sabemos que tudo isso é fruto da falta de amadurecimento das nações, das instituições, das pessoas, que se encontram plenas de empáfia e nada mais, vazias de dar dó. Mas chios de agressividade, de medo, que transborda do plano inferior para o superior, ou vice-versa. Resquícios de muita coisa ruim, inclusive da ditadura militar, que lutou contra uma suposta invasão comunista no país, uns poucos revolucionários, coitados, mas o medo a perdurar até hoje, infundado, ou não.
            
        Outros pobres coitados são os autointitulados atues, que esbravejam por um estado laico, e instigam os religiosos com a defesa do casamento gay, do aborto e de outras insanidades. E a recém eleita presidente Dilma Rousseff tendo grandes desafio pela frente. Em primeiro lugar, conciliar o país, que parece dividido, mas só até o próximo carnaval, o que dizem os entendidos no assunto. Brincadeiras à parte, foi brabo o enfrentamento dos dois ilustres mineiros pela conquista de votos. Guerra feroz, como nunca se viu antes no país, deixando o ranço do ódio, que percorreu todo o pleito.  
        
          Absurdo dos absurdos os nordestinos serem odiados pelos votos dados à vencedora, insultados de ignorantes, preguiçosos, até bovinos, como expressou Mainardi, em seu odiento discurso contra o resultado das urnas. Quando foi Minas que decidiu a eleição, descontente com o ex-governador Aécio Neves, candidato do PSDB. Enquanto o Nordeste votou em peso na candidata do PT, contente com o governo que seria o único responsável de grande número de brasileiros ter saído da extrema pobreza, enquanto outros tantos puderam ascenderam na escala social, o que tinha de acontecer com PT e sem PT. Não sou aecista nem dilmista, certo?
        
         “Vocês têm que me engolir” podia ter dito a presidente recém-eleita para um segundo mandato, que fez, todavia, um discurso conciliador logo após a vitória. Mas que não pode dizer que “tudo será como dantes no quartelo de Abrantes”.  O mundo mudou e muita coisa também se modificou em nosso país. Menos ideologia, discriminação, ódio, e mais dedicação dos brasileiros para que nosso Brasil possa mostrar ao mundo a grande nação que é de verdade. 

         
        Situação e oposição devem estar ciente que a governabilidade depende de acordos mútuos, os votos divididos meio a meio. A maioria talvez não quisesse nenhum dos dois candidatos, mas era o que tinha. Bom perguntar  a quem interessa, a guerra vai continuar? Para os petistas ceder ao outro lado é  quase como acender uma vela para Deus (os pobres) e outra para o diabo (o poder econômico). Heréticos petistas que encheram os próprios bolsos. Só que não há anjos e demônios, e não se venha dizer da presidente Dilma que ela “ganhou mais não levou”. 

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