quinta-feira, 30 de outubro de 2014

  


                                                   

                            CONVIVÊNCIA 








                                                                   
       Tem uma pessoa especial, que acompanho seus escritos e postagens no Facebook, sempre inteligente e de muito bom gosto. Por último ele tratou do assunto instigante que é a Convivência, principalmente, entre casais que se aposentam e passam a dividir o dia a dia, muitas vezes com interesses díspares e a se apoquentarem. Tempo que devia ser de paz, mas o casal entra em crise, difícil o entendimento, a convivência, entre as pessoas em todas as idades. Enfartar ou ficar com Alzheimer, em vez de partir para uma solução mais inteligente, viver? Quantas vezes um casal tem tudo para dar certo e não dá, enquanto pessoas diferentes em tudo se dão bem. Pode ser o sexo que compensa tudo o mais, ou simplesmente boa vontade. 
     
   A certa altura se descobrir que um é para o outro não um doce fardo, mas pesado lenho, é frustrante, às vezes tanto quanto foi empolgante a paixão de quando se casaram. Tem os que não querem ver a situação de frente, insistem em ficar junto, e tem quem, simplesmente, resolve dar adeus e ir embora, pensando que é melhor do que se acabar de remorso por não fazer nada para ter uma vida mais útil, quiçá, mais feliz. Pode quebrar a cara, ou não. O mais certo é não ficar preso aos caprichos do outro, como se fosse obrigado a isso, o que deixou de ser faz tempo, daí tantas separações. 

               Alguém tem que ceder na relação. Ceder até certo ponto. A mulher escolhida pode ser uma gracinha e muito diligente, mas ele descobre um dia que tem ao lado uma dominadora. O que fazer, meu amigo? Por sua vez, o homem é o suprassumo da inteligência, mas dá pouca tenção a sua mulher, atitude nada benfazeja, não é mesmo? Acontece que a vida não resulta só de encontros e desencontros, não é só aquela mulher, ou aquele homem. Pode até ser, mas a vida é, principalmente, para a gente encontrar-se e reencontrar-se. Só no fim é que se entende melhor o que a vida representa, qual o seu sentido.

             Minha irmã acaba de me contar que uma amiga viúva mantém um relacionamento de anos com um senhor também viúvo, ambos quase da mesma idade e conservadíssimos, os filhos criados e independentes. Ela doida para casar outra vez, ele fugindo de tal compromisso, concluindo-se que a razão de tal resistência é que ela deseja prendê-lo em casa, que ele pare de trabalhar e de ter tantos amigos. Festas e viagens não faltam para o casal curtir juntos, que saúde e dinheiro ambos têm para findar o milênio aproveitando a vida numa boa. 
             
              Quem por felicidade tem ao lado o companheiro ou a companheira de tantas anos deve valorizar o ditoso fato, e procurar dar seu melhor para continuarem a ser felizes juntos, sem desgastarem a relação com queixas mútuas. Deixar que cada um viva do seu jeito, não é coisa impossível de se fazer. Melhor ainda é a união de interesses. Quando necessário, apelar para a paciência. E o confronto só para beijos, abraços e outras coisinhas mais... 
               
              


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