quinta-feira, 10 de setembro de 2015








                     
                               O DRAMA DOS  SÍRIOS
 






             Há meses o mundo sente outra vez o drama universal dos refugiados, o que a civilização europeia já conheceu com o terror nazista, e acontece agora com o terrorismo do Estado Islâmico. A Síria amaçada, quando então leva de famílias deixam tudo para trás em busca de refúgio longe da zona de guerra e que se transformou a terra onde nasceram. Arriscam morrer na travessia por terra e no mar para chegarem a um lugar seguro onde possam continuar suas vidas em paz. Alguns ficam no meio do caminho, o caso do pequeno Alan Kurdi que, um dia, saiu de casa com seu sapatinho novo, não para passear como deveria ser, mas para morrer juntamente com o pai, a mãe e um irmão, quando o barco em que viajavam virou, e seu corpo foi jogado sobre a areia numa praia da Turquia, ainda conservando nos pés o calçado com o qual pisaria o novo chão abençoado.

       Nada mais desolador do que a imagem do garotinho de apenas três anos, semienterrado na areia, que correu mundo deixando a todos perplexo com a gravidade do problema. E tem quem mostre sua covardia numa hora dessas, o caso de uma cinegrafista húngara, que no meio da multidão de refugiados, aqui e ali, dava rasteira aos que conseguiram desembarcar sãos e salvos, e corriam em direção ao feliz destino. E quase todos nós em algum momento da vida fomos refugiados, se não da guerra, mas em busca de futuro. Na Alemanha Ângela Merkel se propõe a receber o maior número de refugiados, afinal é a mais rica nação do continente, e que vê sua população encolher. O papa Francisco ordenou que todas as paróquias e mosteiros também recebam os refugiados sírios.

       O Brasil tem tradição de receber refugiadas de conflitos, e no passado recebeu leva de imigrantes italianos e japoneses para a lavoura, após os africanos, que  aqui chegaram para trabalhar como escravos nas plantações de açúcar, café, algodão e demais produtos da terra cultivada, a quem o progresso da nossa pátria também deve muito. Quando os portugueses descobriram essa imensidão de terra, encontraram os índios, os primeiros habitantes, que atravessaram o estreito de Gibraltar, vindos da Ásia.  Depois dos índios e dos brancos vieram os negros, dando origem à população brasileira, a nossa miscigenação.         

 

 

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