sexta-feira, 3 de junho de 2016






                              "EU ME LEMBRO MUITO BEM..."
 

 
                Natal, uma bela cidade, e quanto mudou nesses últimos cinquenta anos, afinal, foi meio século que passou, desde quando iniciamos ali nossa vida de casados e também nossa andança, até vir parar na capital do país. A bela capital do Rio Grande do Norte transformada em polo turístico, o que me faz refletir a importância de progredir, mudar. As cidade mudam como mudam as pessoas, mesmo que alguns permanecem onde estão para sempre. Todos têm seus motivos, certos os que têm razões para mudar, ou não mudar. As mais marcantes mudanças que acontecem na juventude, se estendem pela mocidade, em muitos casos, pela vida afora.
               Alguém chegou a cantar para mim a canção de sucesso de Cauby Peixoto, “Conceição”. Aquela que “vivia no morro a sonhar”, por conta disso desceu o morro e se deu mal, numa época em que era proibido às mulheres ousarem sonhar.  O sonho de enfrentar a vida de frente, arriscarem. Nesse sentido é que penso em reencarnação. Digo assim porque a cada tempo vivido já não somos os mesmos, outra a vida e o modo de ver e pensar. A evolução que assim se realiza, tanto mais e melhor quando nos desapegamos de umas tantas coisas para poder seguir mais leves e bem dispostos. Não que devamos ficar soltos, pois um fio condutor nos mantém seguros, não nos deixa esquecer quem somos e para onde nos dirigimos.


Igreja de Santa Terezinha - RN 
         Quanto a mim poderia ter ficado onde estava, do início ao fim. E não seria em Natal, mas em S. Luís, minha cidade natal. Já dizia minha avó, que “quem bem estar e melhor quer não admire do mal que lhe vier”.  Sim, pode acontecer o pior, em vez do melhor, mas para quem resiste ao aprendizado, às mudanças. E que se esteja preparado para as surpresas, calculando bem os passos a serem dadoso que significa não deixar que aconteça algo à nossa revelia, não correr riscos desnecessários. Tantos anos depois poder assistir a missa de domingo na igreja de Santa Terezinha, onde nossa filha  mais velha foi batizada, e que estava conosco nessa abençoada visita a Natal. 
          
                             
                         Sei o quanto são boas as mudanças, mesmo sofridas. As dores são do crescimento, nada mais que isso. Mesmo assim, sinto pena  de não ter estado em Natal, ou em S. Luís, para acompanhar as duas cidades em seu crescimento. Em especial estar perto de minha cidade natal para cuidar de seus sobrados de azulejos que estão em ruínas, para tratar seus mares que vivem poluídos, impróprios para o banho. Sinto muito! É, sim, um privilégio estar Brasília, a mais bonita de todas as capitais, mas o quanto sofremos aqui com a política, o poder central envolvido em uma grave crise.  O governo provisório do presidente Michel Temer com a responsabilidade de tomar as decisões certas para que o país caminhe em paz e na direção certa.

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