quinta-feira, 28 de dezembro de 2017




FELIZ E PRÓSPERO 2018               

        

                                 EXTRAORDINÁRIO JOSÉ







          Em Mateus José é filho de Jacó e “esposo de Maria”; em São Lucas, Maria, é simplesmente “prometida” a José, membros diletos da casa de Davi. Nos evangelhos canônicos há pouca relevância dada a José, mesmos que não desmereça o pai adotivo de Jesus. O papa João Paulo II, em 1989, exortou os fiéis a refletirem “sobre a figura e a missão de São José na vida de Cristo e da Igreja”, a quem honrou com o título de Redemptoris custos — “Protetor do Redentor”. Ressalte-se que os escritos apócrifos dão amplo espaço a José. A Judeia estava sob o domínio de Roma pagã e seus muitos deuses, enquanto o povo judeu acreditava em um um único Deus, e estavam à espera do Messias, nascido de uma virgem.  E havia o costume de dominação pelo abuso sexual, mais ainda em tempos de guerra, quando Maria aparece grávida, causando estranheza ao noivo, que planeja rejeitá-la. Eis que aparece ao carpinteiro de Nazaré um Anjo do Senhor e lhe diz em sonho: José, filho de Davi, não temas receber Maria pois o que nela foi gerado vem do Espírito Santo, e Ela dará a luz um filho e tu o chamarás com o nome de Jesus, aquele que libertará seu povo. Ao despertar José agiu conforme  o Senhor lhe ordenara. 

          Tantos mistérios guarda o nome de José, e faz lembrar uma cantiga do interior do nordeste brasileiro, surgida do imaginário popular, o povo castigado pela seca, que canta a prece: “Glorioso S. José, aqui estou a vossos pés, manda chuva com abundância, meu Jesus de Nazaré!” Um estalo: “abundância” é uma palavra chave. O esposo de Maria era carpinteiro, ou marceneiro, profissão que devia ser importante à época. Sendo assim, o pai adotivo de Jesus tinha posses, e não um pobretão, nem velho, mas um “hebreu justo, bondoso, equânime”. E sendo assim, não vejo mal algum imaginar  que o carpinteiro de Nazaré tornou-se o rico comerciante de Arimateia, e passou a fazer parte da mais alta magistratura do povo judeu, assim como Nicodemos, os dois únicos amigos de Jesus no Sinédrio contra a condenação. Conforme desejo Pilatos, governador romano na Judeia, o julgamento de Jesus devia passar pelo pelo Sinédrio antes de ir ao Pretório.  

          José esteve sempre ao lado do Filho, e na perseguição de Herodes tratou de conduzi-lo em criança para o Egito. Depois disso nada mais foi dito sobre Jesus, nem José, até que aos trinta anos iniciou o Mestre Jesus sua vida pública no meio do povo, a quem falava por parábolas, o que ninguém havia ousado fazer até então, curando os enfermos de corpo e alma. Foi Jesus acusado de impiedade e de atentar contra os poderosos. Crucificado, quem se apresenta para  tirar o corpo de Jesus da Cruz foi José de Arimateia a fim de sepultá-lo com honra nos ritos da fé judaica. Os judeus enterravam seus mortos em um túmulo cravado na rocha, de onde Jesus saiu ressuscitado para a glória eterna. Amém! Sabe-se que o pai adotivo de Jesus morreu na idade de  111 anos, e teria, pois, sobrevivido ao Filho. Honras sejam dadas a São José e a São João Paulo II. Amém!

Roguemos a São José, protetor dos trabalhadores, que em 2018 
os brasileiros tenham abundância de  empregos e boa remuneração.                      Amém, Jesus! 

      



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