quarta-feira, 6 de dezembro de 2017





                                 SONHO REAL E VIDA REAL





         

           Nos últimos dias a vida real dos plebeus de quase todo o mundo foi sacudida com a notícia do noivado do príncipe Harry, o mais popular membro da casa de Windsor, neto da rainha da Inglaterra. O sonho real de felicidade do noivo e de sua noiva, Meghan Markle, americana e divorciada, fez lembrar outro membro da realeza, que renunciou ao trono para casar com sua eleita, nas mesmas condições sociais. O mundo mudou e a família real inglesa tem que acompanhar as mudanças, mesmo a contragosto, ou com o maior prazer, no caso de Harry, irmão de William, herdeiro do trono, o que aumenta a responsabilidade. A família real é um símbolo da nação, e serve de modelo para a sociedade, e os ingleses têm a rainha Elizabeth II há mais de seis décadas no trono. Erros não faltaram em seu reinado, até uma grande tragédia, mas no geral tudo vai bem na atualidade, e vai continuar assim ainda por muito tempo.
        
        Harry e Meghan promovem um bom momento, tudo o que se espera da realeza, ressalte-se o ativismo do casal, em que a princesa Diana , mãe do noivo, é um  exemplo. Mas, diferente do que alguns apregoam, o casamento em questão, não é a salvação, nem a perdição da monarquia, mesmo que o noivo tenha, por um tempo, andado fora da linha, mas sua simpatia é inequívoca. Afinal, o que muda, e não muda, com o anunciado casamento? É o que muita gente se pergunta. Tudo vai bem com a real família, a começar pela rainha, que acolheu com satisfação a encantadora eleita do seu neto,  e diga-se, nada difere na monarquia inglesa, no momento, que esteja fora dos anseios da  burguesia, que constitui em grande parte a população inglesa.
      
         Entenda-se o que está por traz desse casamento, além do amor, lógico, mesmo que se trate de um herdeiro longe da possibilidade de ocupar o trono, mas que tem função no reino. O casal pode, sim, ajudar no campo social, mesmo que o príncipe William, casado com Kate, também plebeia, cumpra seu papel muito bem, o casal já com dois filhos e em véspera do terceiro. Ressalte-se que  William e Harry são bem afinados entre si, o que daria orgulho a sua mãe, que partiu de forma trágica, ao tentar viver sua vida, após o fim do casamento com o herdeiro do trono, que tinha outro amor em sua vida. A abertura veio no sentido de dar mais liberdade de escolha dos consortes pelos membro das família real, igual acontece com as demais pessoas da sociedade. A princesa Diana era   querida pelos súditos do reino, e seus herdeiros cumprem como pessoas e membros da família real, o que a mãe se empenhou enquanto viva: ser feliz, sem deixar de pensar na felicidade dos demais.

        Certo que o bem estar pessoal está associado ao bem estar de outras pessoas, e haja respeito aos direitos individuais, em igualdade de condições para todos. Ao lembrar Diana vem a ideia que as regras podem ser  quebradas na realeza, mas as consequência são imprevisíveis. No século XIX a voluntariosa rainha Vitória seguiu seu coração, casou por amor, com o consorte escolhido para ela, deu sorte, e foi feliz pessoalmente. Assim aconteceu como seu reinado, que conheceu também dias felizes. A era vitoriana, conservadora, e ao mesmo tempo progressista, o que se deve em grande parte ao príncipe consorte alemão, que incentivava a real esposa a interessar-se pela ciência e tudo o mais útil ao desenvolvimento da nação, e os nove filhos do casal, que representavam sucesso familiar na época. A Inglaterra era a nação mais rica e poderosa do planeta, Império colonial, tendo a Índia como a cereja do bolo. Triste que o consorte real tenha morrido com apenas 45 anos, deixando uma rainha viúva, que reinou ainda por longos anos, e foi livre para unir-se ainda a um cavalariço e tempos depois cair de amores por um muçulmano de origem humilde, casos que foram parar nas telas do cinema. No final, deu tudo certo, uma nação é maior que sua família real, e mais importante que qualquer dos seus membros isoladamente. Assim acontece com as famílias comuns. O Brasil tem um casa real, desativada, mas que continua dando bons exemplos, e quem sabe ela um dia chegue ao trono, nas voltas que o mundo dá.

      OFEREÇO ESTE TEXTO A LARISSA E STEFANO QUE FARÃO SEUS VOTOS MATRIMONIAIS NESTE MÊS DE DEZEMBRO, COM VOTOS DE FELICIDADE AO CASAL. 

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