sexta-feira, 13 de julho de 2018








           CONSTRUIR SEMPRE


   
       Movimentos radicais surgem na esteira do ateísmo, descartam a reconstrução desse nosso mundo em crise, prega a desconstrução, simples, simples. São a favor de uma total liberdade, e tudo o mais que acham necessário para a "salvação" do mundo. Como uma nova religião, a da descrença, enquanto a religião tradicional não mais salvaria, ou nunca teria salvo ninguém. Na verdade, não há quem seja totalmente livre, e todos nós o que queremos é estar em boas mãos, do contrário, nos sentimos desamparados, e a vida torna-se, no mínimo, um desprazer. O amparo que existe nas relações humanas, e das pessoas para com Deus, que haja fé, para que a vida seja mais confiável e saudável. O direito fundamental das pessoas serem livres de todo mal. Amém!.
  
Termos o domínio próprio, e os melhores propósitos, além da consciência sobre o mal da dominação de fora, que desequilibra, o que é crucial no nosso tempo. Nações maiores e mais ricas ainda hoje querem dominar as menores e mais pobres, assim como os mais poderosos para com os que têm pouco ou nenhum poder. Indivíduos querendo se sobrepor uns aos outros, o quanto isto é desconfortável, duro de aceitar. Aqui e ali, longe e perto, é o que se  percebe na relação  homem e mulher, noivos, namorados, sempre tem aquela pessoa que se acha dona do outro, superior. Falta amor, afeto, nobreza dos sentimentos, lealdade nos interesses. Absurdos ditos da boca para fora, mas tem quem queira mesmo  acabar com tudo, quando fala em desconstruir. A tão falada e já quase esquecida desconstrução, demonstração de soberba. 

Devíamos nos sentir soberanos através do número de virtudes que se possui, e em vez de querer uma vida extraordinária, que nos coloque além do bem e do mal, o que revela o vazio de quem não tem coisa melhor na cabeça para reivindicar. Pedimos mais e mais liberdade, mas tudo que é demais sobra, inclusive a liberdade. Esquecemos do poder que tem a renúncia, o não querer por querer. Por falta das virtudes essenciais, da bondade, justiça, compaixão, abraçamos a corrupção, uma praga atual. Escapar do assédio das pessoas com tendência para dominar, e geralmente dominam, pela força do mal que se desenvolve de forma avassaladora. 

           O  bem não é fraqueza, e sim fortaleza, senhores e senhoras, adeptos da desconstrução, enquanto o mal não passa de covardia e medo. Mas parece que chegamos ao tempo de pós-desconstrução, isso se a desconstrução de alguma forma vingou, ou ainda quer vingar. Aventuras ideológicas, que surgem para escravizar, com a desculpa da promessa de uma liberdade total e irrestrita, que ninguém vai saber o que fazer com ela. E tudo começa  dentro da pessoa, na vida de cada um, não como um filme qualquer, mas uma trama real, para ser bem construída, reconstruída, o que requer seriedade, caráter. Levar a sério a construção e a condução da sua história, não improvisar, não usar qualquer material, sem precipitação, nem se retarde a ação, e torcer para que o romance tenha um final feliz. Tem razão quem diz que no tempo certo surpresas são certas. As bem-vindas surpresas, ao lado das fundamentais certezas.

Não se profane a religião com a desilusão de que Deus e a religião não servem para mais nada. Se fechada a porta da fé, diante de  uma vontade dominadora, seriam abertas outras tantas portas, que ninguém sabe aonde irão dar. Crenças do prazer mundano, da diversão, da desilusão, para ocupar todas as horas e todos os espaços. É certo dar um copo d´água a quem tem sede, abraçar o outro, sentar no sofá para escutar, ou desabafar as dores, mas tem que ir mais fundo, atingir a alma. Escutar na igreja as palavras do padre, mesmo que já não causem tanta empolgação, mas fazem refletir. Disse Malala Youçafzai que acaba de visitar o Brasil: "Amo Deus. Ele me dá alturas para alcançar as pessoas." E temos a missa, que serve para superar os mesquinhos conflitos do dia a dia, de modo  que haja esperança, pois temos um Pai e uma Mãe no céu, o que não é pouca coisa — vale a adoção.
             
        Sementes do bem plantadas na alma dão frutos, com certeza. Fontes  de generosidade,  amorosidade, calcadas na fé e na verdade, para adquirir superação, e que não se perca energia vital, mas obtenha-se a fortaleza necessária, que não se encontra fora, em qualquer parte. Ter um bom convívio, para que não aconteçam os maus encontros. Certo que o bem fortalece, e se possa resistir às ilusões do mal, que só enfraquece. A graça santificante dos fortes, dos libertos do egoísmo, da escravidão, que destrói vidas, tanta coisa ruim que pregam mundo afora. Tem gente a perder seu precioso tempo com quixotismos, ou modismos de um passado recente, que surgem e passam na maior rapidez, sem deixar saudade. Deus seja louvado! Amém!    

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