terça-feira, 10 de julho de 2018





                   VITÓRIA  ALÉM DA COPA 



Time de futebol Javalis Selvagens


As melhores seleções do mundo estão reunidas para a Copa na Rússia, chegaram as quartas de final, sem o Brasil, já eliminado nas oitavas de final. Foi quando o noticiário se voltou para um anônimo time de futebol tailandês, os Javalis Selvagens. Doze meninos entre onze e dezessete anos estavam presos na caverna Tham Luang na Tailândia, junto com seu treinador, que após o treino dirigiram-se em passeio à caverna, quando foram surpreendidos por fortes chuvas, comuns nesse tempo, e eles não mais puderam sai do local inundado. Por nove dias ficaram isolados sem comer nem beber, até que foram encontrados por um experiente mergulhador de caverna, num feliz acaso, ao subir para respirar deu de cara com o grupo amontoado na escuridão em um banco de lama. Mostrados pela câmara, o mundo todo passou a acompanhar o drama que se seguiu, para resgate daquelas frágeis criaturas que ainda esboçavam um leve sorriso, uma situação desoladora.

A pergunta que surgiu na cabeça da quase totalidade dos habitantes do planeta era como tirá-los dali o mais rápido possível, as chuvas não paravam, e a inundação aumentava podendo engolir a todos.  Outra grande torcida formou-se fora dos estádios de futebol para o resgate daqueles jovens, que eles saíssem vitoriosos desse jogo contra a natureza selvagem e contra o tempo. Calma e  confiança era com o os meninos se mantinham, contando com a ajuda do seu treinador, monge budista, que teve a imprudência de entra naquela arapuca, mas tratou de manter a turma tranquila através da meditação. Montado o esquema de salvamento com a ajuda vinda dos quatro cantos do planeta, sendo fundamental a competência dos mergulhadores de caverna, para em tempo recorde resolverem caso tão complexo, com risco extremo. Até que o mundo suspirou aliviado e os quatro primeiros garotos puderam ver a luz do dia, e foi assim a cada dia até o resgate de todos. As orações não paravam, para a vitória final desse outro jogo, o que a vida às vezes impõe, além do que se pode prever, ou não houve atenção em detectar o perigo.  

O curioso é que em nenhum momento os meninos demonstraram desespero, não os vimos chorar. Diferente do que aconteceu com nosso maior craque, que esteve aos prantos de um desvalido nos gramados russos, palco da derrota brasileira, o já apelidado de cai-cai, por jogar-se no chão a qualquer esbarrão, antes da seleção ser eliminada pelos belgas. Para as quartas de final ficaram as a Inglaterra, França, Bélgica e Croácia, que além de grandes jogadores em seus times, contavam com um projeto para ser cumprido com dedicação e competência, o que faltou ao time do Brasil. Temos grandes craques, um bom treinador, e o que nos falta? Atualmente falta aquele espírito de competição, aquela garra de vencer, coisa que tivemos tempos atrás até o Brasil chegar a pentacampeão. Quando não vencia, era finalistas. Atualmente nos falta muito para sermos campeões não apenas no futebol, mas em tudo a mais, que requer competência, planejamento, maturidade, bem distantes de outros países que chegaram galhardamente como finalistas na Copa. Qualquer dos quatro estão habilitados ao título, acompanho a impressão de todos os que assistem encantados este final da Copa da Rússia.

Alegria das crianças após o feliz resgate 

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