sexta-feira, 20 de dezembro de 2019







                                      PRÓSPERO ANO NOVO




        

          Parece que não tem jeito, vivemos uma era maluca, é o que se diz desse nosso século XXI.  Certo que os seres, ditos racionais, nunca foram bons da cabeça, desde quando o cérebro humano dobrou de volume com o processo evolutivo, e aconteceu o fenômeno da inteligência. O espanto que nossos antepassados sapiens sentiram, ao se depararem com um mundo cheio de mistérios, difícil de ser assimilado com o nível de raciocínio ainda limitado, e um meio adverso, antes de tudo lutando pela sobrevivência. A lição primeira da natureza é que morrer faz parte da vida. Vivemos e morremos; início e ponto final. O jeito é adaptar-se a essa dura realidade.
        
        Nascer, florescer, fenecer, no que o homem passou a cogitar, em especial, sobre  seu fim, abrindo espaço para a esperança de uma outra vida, sobrenatural, em superação da natural. Foram criados mitos e ritos para celebrar a vida e também a morte. Surgiram as crenças pré-cristãs. Com a evolução espiritual floresceram as religiões. Com a fé cristã houve a consciência de uma causa superior a defender. 

       Refletir, filosofar sobre as virtudes, que devem ser adotadas pelo homem como meio de se elevar sobre as misérias do mundo. Ou então sofrer a tragédia de um existir inferior e temer um amargo fim. Mentes brilhantes se destacaram ao longo dos tempos: poetas, filósofos,  doutores da igreja, por fim, os cientistas. A ideia de um fim para a humanidade, fez também surgir os profetas do apocalipse, alguns famosos loucos varridos, isso desde sempre. Geralmente eram pessoas que sofriam algum distúrbio emocional, psíquico, o que não falta hoje em dia, quase todo mundo acometido de algum problema. Não faltaram malucos na antiguidade,  hoje  reencarnados em figuras emblemáticas, como Greta Thumberg, Jane Fonda, e até as chilenas do grupo performático Lastesis, em evidência na mídia mundial.
          
      A atriz americana fez de tudo no passado para dar vazão ao seu instinto de preservação, o que faz ainda hoje, aos 81 anos, com maestria. Já a adolescente sueca corre mundo anunciando o fim da vida nesse nosso planeta devastado. O espírito é de radicalização, como acontecia com as seitas antigas. Hoje falam em aquecimento da terra, e desconfiamos que somos mesmo culpados de muita coisa ruim. Mas devemos estar atentos ao pensar moderno,  anticientífico, que é contra o ideal civilizatório, que une ambientalistas  radicais e neofeministas. Podemos dizer que são seitas pós-modernas, encabeçadas pelos neoprofetas do apocalipse.
           
        Jane Fonda chegou a dizer que o casaco vermelho que usava nos protestos era o último que ia comprar. O envolvimento na luta por uma causa, e também o medo, faz com que surjam pessoas e grupos dispostos a largar tudo, mesmo que fique só na intenção... Ninguém aguenta mais o vazio que resulta desse radicalismo. Não adianta se cobrir de trapos, mesmo que seja em prol de um mundo melhor e mais justo. Desde que não seja pura sedução por um primitivo idealizado, selvagem. O sacrifício do sangue derramado, da morte de Cristo, e sua ressurreição, ocorreram  para que tivéssemos vida em abundância. Exemplar a multiplicação dos pães, para saciar a fome da multidão que acompanhava Jesus, como consta dos Evangelhos. Assim como a rede cheia de peixes, que os pescadores recolheram a Seu mando. Infelizmente a fome física e a miséria espiritual, ainda são os grandes males desse nosso século laico e ateu.    

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