quinta-feira, 10 de janeiro de 2013



ALEGRIA,  ALEGRIA!


O dia de Reis encerra os festejos do Natal, e já no dia seguinte a rede Globo começa a anunciar a festa de momo com a vinheta da globeleza. Sempre uma mulher de corpo escultural, nu e artisticamente pintado. O Big Brother vem junto, com mais de dez pessoas confinadas numa casa, fazendo suas  maluquices, se expondo, o que a televisão filma  durante três meses, atrás de espelhos. Espelho, espelho meu, há alguém pior do que eu? O que se perguntam os concorrentes a um milhão e meio de reais, o prêmio do ganhador. É tempo de férias, e sem ter algo melhor a fazer, ao que parece, como ler livros, fazer cursos, ao contrário, fica-se dia e noite diante da telinha, o que   é a felicidade para muita gente, que dá palpite, vota. Aliás, em termos de felicidade, o Brasil está em 25º lugar dentre 400 países pesquisados. Em primeiro lugar ficou a Dinamarca.
Não precisava nem perguntar a nenhum dinamarquês qual o segredo da felicidade, o que Fátima Bernardes fez a um descendente direto daquele povo que se diz feliz. A resposta é que todo mundo já sabia, o país prima pela igualdade, mas no sentido evolutivo, onde todos gozam da melhor educação, têm o melhor sistema de saúde,  há emprego para todos que queiram trabalhar, e ninguém se arvora de ficar sem fazer nada, embora fiquem parte do ano debaixo da neve. Estaria aí o segredo, em vez do sol a neve? O certo é que somos considerados um povo dos mais felizes, do mundo - no calor, não no frio.  Calorosos brasileiros, mas não tão felizes quanto o povo da Dinamarca. Por aqui falta de tudo, menos alegria de viver.
No carnaval que se aproxima o Rio de Janeiro torna-se capital mundial da alegria, do prazer, pronto para receber os turistas de braços abertos; não só os membros superiores, os inferiores também. O apelo ao sexo dos cartazes de mulheres turbinadas, o que já foi pior, mas, “cria a fama e deita-te na cama”. Infelizmente é assim, o orgulho brasileiro ainda é ser o país do carnaval e do futebol. Vamos sediar a Copa e as Olimpíadas, a atenção das autoridades voltada para esses eventos, tratando de resolver problemas nas cidades, de transporte e bem estar. Que o conceito do Brasil lá fora cresça na proporção do dinheiro e empenho despendido. Temos uma das mais belas paisagens do mundo, onde os descendentes de emigrantes vivem como em seu próprio país, respeitada a diversidade racial e cultural. Findo os eventos que os turistas venham admirar nossa arquitetura e urbanismo, nosso desenvolvimento, educação e cultura. A hora é essa!  


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