sexta-feira, 25 de janeiro de 2013


           ELE É O CARRO!

Tem uma história o Audi-A1 que compramos há poucos meses. Não é de agora nossa simpatia por esse carro alemão, um sonho quase impossível, pois é uma marca que só visto a por aqui dos modelos  grande e de grande luxo, o preço lá nas alturas. Além disso, o perigo do carro importado, de algum ladrão achar que se trata de gente rica e tentar sequestrar o dono, melhor não arriscar. Nosso antigo carro de porte médio espremido pelo do vizinho ao lado, com seu veículo maior atravessando na vaga, e não satisfeito ainda trocou-o por um desses tanques nacionais, que só tem tamanho e nada mais. Acontece que nas garagens de prédio, aqui e ali, ocorrerem imbróglios entre os moradores. Conosco coisa pequena, se comparada a outras por aí, mas que nos causava certo desconforto, já que não somos mais crianças.
O outro vizinho da frente também adquiriu o seu de igual porte, inclusive, com cara de dinossauro, feio que só ele, e sabe como são os carros nacionais quanto à tecnologia, chamados até de carroças por um presidente, que acabou cassado, não  por essa declaração, mas por seu personalismo, seu prazer de roubar, iludindo a população que elegia um “caçador de marajás”. Os servidores públicos tidos como os grandes vilões da história. Coitados do povo do nosso país, que se ilude com personalidades nada confiáveis. Parecia uma provocação, mesmo humilhação, os dois mastodontes frente ao nosso carrinho. Acontece que precisávamos trocar de carro, já com cinco anos. Eis que em visita ao Parkshopping, nos deparamos com o Audi-A1, lançamento, por preço acessível ao bolso da classe média. Acredito que com a crise na Europa vieram para cá em busca dos consumidores brasileiros, nossa economia  numa fase boa, inclusive, com uma boa indústria automobilística, que saíra da fase de produzir carroças... Ainda não somos primeiro mundo, mas vamos chegar lá. Aliás, pessoalmente não tenho do que me queixar dos carros que possuí.




Compramos nosso Audi A1, modelo esportivo de duas portas, coisa de primeiro mundo, direção e manobras espetaculares. Chegamos com o  pequeno, mas fabuloso carro importado, e parecia que conduzíamos David com sua funda, pronto para enfrentar, não um, mas dois Golias. Lógico que a garagem não era  arena romana, mas lugar de vaidades, os carros como deuses para certas pessoas.  Estávamos na desforra. Quando ainda possuíamos o Clio, uma amiga que passava uns dias conosco no Rio,  e resolveu tripudiar, não se sabe por que cargas d´águas, falou ao marido em Brasília por telefone para que ele fosse nos buscar no aeroporto com o carro velho, em vez do novo. Constrangimento do qual nos safamos driblando o casal e  pegando um taxi. Na cabeça dessa nova rica só merecíamos entrar num carro inferior, não estávamos acostumados com o que era bom... E dizer que a tal cortou cana no passado de pobreza. Nosso Audi veio suprir uma necessidade de conforto pessoal, além de podermos exibir o que há de melhor. Somos normais como todo mundo, até mesmo exibidos. 



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