quinta-feira, 28 de março de 2013

              



                                      
                                            
                                           REBELDES COMPULSIVOS



           
         Nora, personagem do escritor norueguês Ibsen, saiu de casa para que pudesse crescer. No tempo atual, a mulher se pondo no olho da rua, dessa feita levando toda a família. (Não demorariam retornar ao lar, apavorados com a violência, fruto da decadência da civilização que se tornara palco de exibições as mais estapafúrdias, de decadência dos costumes, de violência). A vida contemporânea acossada de todos os lados. Se não estão fora de casa, as pessoas entregues compulsivamente aos aparelhos eletrônicos. Os contatos afetivos feitos pela tela, inclusive do celular, outra modernidade que teria vindo para unir as pessoas, ou separá-las de vez. Mas a maior reviravolta nos lares foi a das crianças adquirirem poder para obrigar os pais a lhes fazerem todas as vontades, e ainda os deixarem com a consciência pesada. Chegou-se ao extremo de achar que os filhos serviam de exemplo aos pais, e não o contrário. Alguns, inclusive, testando a paciência dos superiores, que perdiam a autoridade, ou por se tornarem demais autoritários. Até que, no ambiente permissivo e confuso da pós-modernidade, o cinema mostra as possessões de uma menina (Linda Blair) no filme O Exorcista. Logo a seguir veio Mafalda (Mara Wilson), uma bruxinha que seria do bem pelos poderes sobrenaturais, com os quais passa a infernizar os mais velhos, seus pais trambiqueiros e irresponsáveis... Atualmente as ditas rebeldes levantam bandeira dos gays e demais minorias, pessoas que têm seus direitos, sim, principalmente, de não serem expostas como acontece nas redes de relacionamento. Parece que querem mais é constranger, ao expor uma realidade que merece respeito e menos exibição. Uma defesa escandalosa que nem todos os envolvidos gostam de ter, assim como rejeitam o escracho que é a Parada Gay.

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