quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014



                                    HONESTIDADE SEMPRE 

          




           Na hora presente de ameaças à democracia, o governo tenta apagar incêndios, recolher os cacos das quebradeiras nas ruas, ou da desesperança dos brasileiros. Tempos caducos, dementes, não em idade, mas pela razão que se perde em certos momentos. Brigas, mortes, sem que sejam apresentadas soluções para os graves problemas do país. E sabemos que é preciso avançar na democracia para sobreviver a tudo isso, desde a miséria que aumenta, em termos materiais e morais. Nosso país ainda precisa amadurecer, para que possa superar os traumas do passado e resolver os atuais desafios, andar para frente com confiança e determinação. Acontece que um dia sim e outro também vemos manifestantes nas rua, a maioria jovens, meio perdidos em suas reivindicações, alguns perturbadores da ordem pública, atacando e matando com rojões, e sendo atacados por policiais. É como o povo se manifesta, sem que haja uma boa liderança, e recebe o revide das autoridades. Dizem que a coisa está apenas começando, alternativas perigosas não faltam. Isso é retrocesso, a que nós outros, pacatos cidadãos dessa sofrida nação, temos que esclarecer. Buscar ajuda aonde? Para manter a fé e a esperança só vemos uma luz no fim do túnel: a igreja católica, que sempre foi a bússola nessas horas, haja visto o papel que ela desempenhou na luta para a democratização do nosso país. É preciso lutar por direitos, sim, sem ódio de classes, bem entendido.
          Nossa democracia ainda tateia para se tornar adulta, com uma população jovem, que vive numa nação que não amadurece e pouco avança.  Se não aprendemos a ser livres, se não evoluímos como pessoas civilizadas e responsáveis, o perigo é cair em armadilhas. A igreja, pela sua maturidade, pode ajudar na resistência ao opressor, a começar por nós mesmos.  A relação governo brasileiro com o povo é construída, atualmente, na ilusão de que a felicidade nos pertence por direito, nesse país continental, de riquezas mil, do qual seríamos felizes herdeiros. Teríamos direitos pré-adquiridos, e ponto final. O certo é que nosso lugar no mundo – nosso direito à felicidade – deve ser   conquistado. Há nações e pessoas que podem até ser mais bem aquinhoadas de bens materiais e mesmo predispostas à felicidade, o que não acontece de modo geral. O mal que faz o governo, por exemplo, ao iludir os eleitores que eles têm direito à felicidade sem que haja esforço nesse sentido. Assim como os pais devem proceder honestamente para com eles próprios e os filhos, do mesmo modo os governos devem agir, não roubar o direito às pessoas de conquistar sua felicidade e vitórias. E derrotas, por que não? Dar oportunidade e exigir responsabilidade. Grave erro comete a nação, através dos seus governantes, quando tenta iludir o povo como faz o pai irresponsável para com o filho. Falar a verdade, ser honesto, sempre, ou seja, avisar que temos direito àquilo que conquistamos e mais nada. Impor regras, limites, sem os quais as pessoas tornam-se inconsequentes, confusas, violentas. Governo e eleitores a se estranharem em cobranças, assim como ocorre com pais e filhos.        

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