segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014


   
                                      UCRÂNIA & VENEZUELA

              




              Revoltas populares na Ucrânia e Venezuela, o que elas têm em comum? Países de um lado e do outro do mundo, com forte oposição aos seus presidentes, que se mostram incapazes de resolver os graves problemas da nação que governam. A Ucrânia fez parte da antiga União Soviética, tendo conquistado a independência em 1991, parte da população - os que falam russo - favorável a manter relações econômicas com a atual Rússia. Situação embaraçosa para outra parte – os que falam ucraniano -  no deseja seguir a União Europeia, certamente à procura de novos ares para respirar, não os contaminados pelo comunismo, regime de triste memória, do sanguinário Stalin, que impôs fome aos ucranianos para o bem do regime. Também foi palco de massacres nazistas de Hitler. Maldições históricas contra a humanidade. As mudanças que ocorrem no mundo, em que a liberdade renova as esperanças, dá novo colorido à vida, e não se trata de nova ordem mundial encabeçada por malucos de plantão que torcem pelo caos. Em Kiev a repressão violenta aos manifestantes causou mais de oitenta mortes. As negociações entre os revoltosos e o governo, com a mediação da União Europeia, acabaram por destituir o presidente Viktor Yanukovich. Mas as coisas estão longe de se resolver, depende ainda de muita coisa.  A Rússia deixou a reunião antes do acordo para destituir o presidente de sua confiança. Teme-se uma invasão russa à antiga nação socialista soviética.  

             A Venezuela sofreu duro golpe com a morte do líder carismático Hugo Chavez, ora governada por Nicolás Maduro, eleito à sombra do padrinho. O povo até então iludido com o regime chavista de esquerda, que se mantinha em alta com a população devido as benesses vindas do petróleo, que o governo distribuía sem parcimônia. A manancial não é o mesmo do passado, e a oposição ganhou força, quer mudança na condução do país. A população a sofrer com a escassez de alimentos, sem que o presidente, eleito por fraude, tenha condições de resolver essa e outras questões prementes. O esquerdismo latino-americano como estratégia dos políticos populistas alçarem ao poder. A oposição venezuelana liderada por Leopoldo Lopez, conclamou a juventude da classe média e alta para ir às ruas protestar.  Houve confronto entre as forças de segurança e a oposição, que provocou oito morte até agora. E o conflito ainda não acabou, nem o sonho. O sonho de Chavez era uma unidade “bolivariana” para américa-latina, em represália aos Estados Unidos. Ou ficar com os Estados Unidos e sua  ideologia capitalista, ou seguir a ideologia socialista, resquícios do comunismo russo. Os venezuelanos, como os ucranianos, sem escolha, a não ser um lado ou outro, duas situações diferentes em essência. Na Ucrânia não existe mais a questão ideológica, mas a geopolítica, onde as vantagens que sevem para um lado não agrado o outro, o que pode resultar em território desmembrado.    

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