quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

                                        

                                      
                                  
                  POR UMA CULTURA DE PAZ
           



         As soluções extremadas: tocar fogo, quebrar no pau, exacerbar nos procedimentos para atingir um alvo, acontece no nosso tempo em que as ideologias de esquerda e direita não seduzem mais como no passado, tornaram-se fantasmas, que retornam, habitantes das profundezas, sempre prontos para aflorar como assombração. Não se deve, pois, ignorar o poder que emana disso que se chama imaginação. Sedução tanto mais forte quanto o desejo de tudo ter e que nada nos seja negado. Os avanços da modernidade serviu para atiçar a coisa, fazer com que se retorne às trevas.  A liberdade tomada como liberalidade e mesmo libertinagem. A ilusão de que se pode tudo e nada é proibido prejudica uma tomada de posição mais racional para resolver os problemas que afligem as sociedades. A Venezuela serve de exemplo para o que pode acontecer no Brasil, a sociedade dividida, onde se formou uma turma de revoltados, cuja violência transforma em guerra as manifestações nas rua. Diante do grave impasse, os manifestantes divididos em suas reivindicações, contra ou   a favor do governo, a corda ora pendendo para um lado ora para o outro, num impasse.

           Sabe-se que cada povo, cada sociedade, como cada pessoa, tem seu modo de ser, de viver, e tentar modificar isso à força, ou de uma hora para outra, é grave erro, não serve para ninguém, só agrava a situação. Interpretar os povos latino-americanos do mesmo modo não dá bom resultado. A Venezuela bem diferente do Brasil, por vários fatores, desde a colonização. Somos iguais só na vontade de uns poucos ideólogos de plantão, coisa para prejudicar os ideais de uma sociedade mais justa. Não avançamos porque somos isso ou aquilo ideologicamente falando, mas por um ideal de paz e prosperidade, por um sentido na vida. Os venezuelanos se digladiam em suas diferenças ideológicas. Cuba comunista é o que se vê, atraso para todo lado. E nós aqui temos ainda muito a fazer, principalmente abolir as graves diferenças sociais, culturais, sem cair na esparrela dos nossos vizinhos. Ser amigo não quer dizer pensar igual, comer no mesmo prato, dormir na mesma cama, viver a mesma vida, em suma. Mesmo que se viva na mesma casa. Imagina em tetos diferentes! Quem poderia unir a sociedade de forma mais eficaz? Pensamos na igreja católica, maior autoridade moral nesse momento, por sua cultura de paz, ideia que toma corpo no mundo ocidental.


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