quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014



                           
                                     DIAS DE INCERTEZA





         A Ucrânia vive momentos de incerteza quanto ao futuro, após os conflitos na capital,  Kiev, com a deposição de  Viktor Yanukovitch, que pediu ajuda à Rússia e diz que continua presidente. Tensões na Crimeia contra o governo provisório expõe a gravidade do problema. Enquanto isso a Rússia faz exercícios militares na fronteira, e sofre alerta da comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos. Estrategicamente localizada entre potências, com interesses conflitantes, a Ucrânia está dividida em suas ambições. Por exemplo, é da Rússia o gás que supre a nação ex-comunista, atravessada por gasodutos que leva o gás russo para a Europa. Os ucranianos sofreram o diabo com a invasão nazista, e alguns dos rebelados infiltrados nas manifestações viriam dessa ideologia. Com o fim da Segunda Guerra passou a Ucrânia a fazer parte da extinta União Soviética, a quem foi submetida, até à fome, imposta por estratégia política da cruel ditadura comunista. Com a independência em 1991 a parte oeste do país fixou o olhar na liberdade ao lado, a saudável sedução ocidental. Mas o presidente deposto, favorável aos russos, recusou um acordo que estreitariam laços com a União Europeia, o que  provocou dias de sangrentos entre a população favorável ao acordo e as forças de repressão. A Rússia comunista viveu isolada do Ocidente, que evoluía em liberdade e prosperidade, por sua economia de mercado, até o dia em que seus dirigentes tiveram que ceder às evidências. Foi abolido no leste europeu o regime que havia suprimido a liberdade de pensamento político, religioso e econômico, o povo sufocado em seus anseios. Mas a crise na Ucrânia parece que reacende o conflito entre Rússia, com vocação totalitária, e o Ocidente democrático. Os russos ora concentram forças na Crimeia, que foi cedida à Ucrânia na época da independência, onde a Rússia mantêm bases militares. Vamos ver no que vai dar essa nova crise, que não deixa de ser velha. Vem de longe as dissidências entre Oriente e Ocidente.   




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