quarta-feira, 23 de julho de 2014



                     
                                                  Como viver Sem?


                                                    S.Luís - Ma
             
             Televisão, celular, qual dos dois faria mais falta, se o tempo presente sumisse e retornássemos ao passado? A tecnologia hoje a fazer parte do cotidiano, imprescindível, a nos cercar de conforto, a ponto de nos angustiar, essa a verdade. E não podemos deixar de investir em mais e mais tecnologia que tanto facilita a vida moderna. Sobreviver com ela, ou ficarmos perdido no tempo e no espaço, ligado que estamos, literalmente, aos nossos aparelhos domésticos e de comunicação. O mundo ao alcance dos nossos dedos, digitalizado. Lembro do início, quando aos poucos fomos nos acostumando, até ficarmos tomados pela febre tecnológica. Primeiro veio o rádio, depois o cinema, a televisão, o computador, coisas que não pararam de evoluir. O telefone fixo evoluiu para o celular, aparelho que acompanhamos os avanços, a cada dia maior sua sofisticação. A televisão, antes uma caixa recheado de válvulas e um tubo de imagem, virou tela de Plasma, LCD, LEG. Por último temos o SmartTV, até a próxima invenção. O computador gênero de primeira necessidade.
       
       Lembro do técnico que chamávamos mensalmente para consertar nossa televisão Teleking. Queríamos prestigiar o produto nacional, mas caímos em erro, passamos então para uma Telefunken, tecnologia alemã, ainda em preto e branco. O móvel da nossa Philips colorida era um arraso, mas a tela pequena,  com 28 polegadas, a maior na época. Hoje temos uma GL em LCD, de 42 polegadas, já com 15 anos de uso sem problemas. Mas a ambição é saltar para uma Smart TV, com tela ainda maior. Como então falar mal da tecnologia, quando vemos o mundo através de uma tela, nos conectamos pelo celular em qualquer lugar em que estejamos? No que diz respeito aos bancos é aquela facilidade, sacar dinheiro no caixa eletrônico, onde se faz toda sorte de transação. Postamos mensagens no computador e celular, que seguem céleres ao seu destino, e-mails pela internet, em vez de escrever cartas que demoravam dias para chegar.
          

         
       Em meados do século passado a paciência era uma virtude importante, útil, enquanto de uns tempos parta cá, paradoxalmente, com tantas facilidades, não temos paciência alguma, vivemos estressados. A vantagem que tínhamos: vida para viver, calma para ver e sentir a existência. Havia tempo para tudo: ser criança, jovem, adulto, e envelhecer tranquilamente. A tecnologia fez tudo ficar junto e misturado, fez a vida parecer mais doce, mais fácil, mais feliz, conquanto os problemas fiquem tão mais perto e piores, que quase não suportamos tanta proximidade. Sentiríamos falta de tudo isso, televisão, computador, celular, se toda essa modernidade sumisse de nossas vidas? Voltaríamos a nos acostumar com a simplicidade de um cotidiano, com menos coisas a nos perturbar? O certo é que não poderíamos sobreviver sem tecnologia na cidade grande, onde ela auxilia em tudo, e teria surgido da necessidade de acomodar uma população crescente o mais confortável possível?

            

           
            Quanto ás relações pais e filhos moços e idosos, ao contrário do que publicou uma jovem senhora, uma jornalista, publicou na rede social, que ela gosta dos idosos frágeis, dóceis, humildes, mas que se tornaram petulantes, o caso da idosa que deixou o carrinho do supermercado na passagem, e ainda um idoso que no mesmo dia, a chamou de garota e mandou sair da frente no estacionamento, coisa atípica, a meu ver. O preconceito contra idosos, como qualquer outro, é repulsivo. Mas o que sinto é uma moçada alegre e amigável, pelo menos uma boa parte, que tem o cuidado e respeito pelos idosos, diferente da geração anterior em constante conflito, nesse sentido um mundo melhor, mais justo. Vejo luz no fim do túnel, a sociedade entrar numa boa fase, pelo menos no que diz respeito às relações pais e filhos, moços e idosos, e já é um grande passo para um futuro mais feliz. As pessoas hoje a se relacionarem de forma mais respeitosa, amorosa, na família e com os demais membros da sociedade, com suas diferenças. A paz, o entendimento, impossível viver sem.  Triste são os eternos conflitos entre nações, o caso entre palestinos, diga-se, o Hamas, e israelenses, que vivem num purgatório de rivalidades e desentendimentos. 

       

Nenhum comentário:

Postar um comentário