quinta-feira, 3 de julho de 2014




                        O NÓ CEGO NA CIVILIZAÇÃO
        

      




  A competição faz parte do mundo moderno, mas chegamos a um tal ponto de estresse que começam a cair vítimas para todo lado. Ninguém se espante, pode não sobrar pedra sobre pedra, em nossa casa, no país, no mundo. Inteligência não falta, nem disposição, tanto para construir, quanto para destruir o que se encontra pela frente. Uma involução nos costumes, do civilizado para a barbárie. Querer ter sucesso a qualquer custo, quão dramática é essa situação. Nós outros temos que aprender a reagir às investidas de quem quer nos apanhar no laço, seja quem for, que venha com más intensões, é só prestar atenção. Também de boas intensões o inferno está cheio.
  
  Algumas pessoas estão nesse dilema da competição, querem que os outros paguem por esse ou aquele insucesso que tenham. É gente que pauta sua vida pela dos outros, vê inimigo em toda parte, e pode ter mesmo, às vezes, de forma totalmente absurda. Tem sempre alguma coisa a desencadear a inveja, ou o desejo de desforra no outro, daí surgem os bode-expiatórios. Mesmo bem sucedidos, não admitem qualquer sombra. Geralmente as vítimas estão por perto, alguém tem que pagar por qualquer afronta nesse sentido, quando então se arregimenta a vingança, que esconde outras intenções. A Grande Guerra começou assim.  
   
       Sentir culpa por tudo, sem se dar conta de que pode ficar enredado numa teia, acontece com os bons. Mas parece que ninguém é inocente nessa briga. Ah, tempos difíceis de viver, onde é quase impossível experimentar a paz duradoura. Está aí o nó cego do nosso mundo, dito civilizado, não pela competição em si, que pode ser justa, haja vista a competição esportiva e outras mais. Mas a inveja, o ciúme, as duras incompreensões acabam por destruir a felicidade, inclusive no esporte. Em maiores proporções acontece com as nações, e não é por nada que temos na igreja católica Nossa Senhora Desatadora dos Nós, a quem recorrer. Cresce o número de pessoas que se acham o máximo, querem todas as atenções, pensam ser donas de todos os direitos, são mestras nas armações.
 

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