sexta-feira, 11 de julho de 2014



                                 

                                              CONFLITO SEM FIM

                       


                 Triste o que acontece entre judeus e palestinos, a violência que outra vez se instala na região, após o massacre de quatro adolescentes há algumas semanas, cruéis provocações que acendem a revolta numa região em eterno conflito. O processo de paz naufraga logo que se iniciam as negociações, os dois lados a se enfrentam com foguetes que cortam o céu, matando civil. Os extremistas do Hamas que controlam a Faixa de Gaza certamente os culpados pelo sequestro e morte dos três israelenses, quase crianças, provocando a represália com o massacre de um jovem palestino de 16 anos, queimado vivo. A coisa é complicada, pois há extremistas de ambos os lados, os israelenses com uma associação que inquieta, a Tag Mehir, (“preço a pagar”), que se dedica ao vandalismo e seria o responsável pela morte do palestino.
                   
                O fanatismo, a irracionalidade, o ódio de ambos os lados, segundo o analista Gilles Lapouge, correspondente do jornal O Estado de S. Paulo, que aponta o horror de volta à região, por conta dos “extremistas judeus e dos insanos palestino”. O analista da situação na Cisjordânia lembra que em 1995 o então primeiro ministro israelense, Yitzhak Rabin, foi assassinado por Ygal Amir contra o acordo de Oslo. Em 1994, palestinos foram mortos  na Tumba dos Patriarcas em Hebron, por Baruch Goldstein, extremista israelense. O partido Otzmal Yisrael tem influência das ideias revolucionárias de um americano-israelense, Mei Kahane, assassinado em 1990, que insistia em que todos os palestinos fossem banidos da região. O extremismo que se vê na voz de alguns rabinos, e acende a chama do ódio dos espíritos fracos, ou violentos, tornando-se difícil a paz na região, para não dizer impossível. Alguns jovens glorificam a voz dos adultos extremistas, que estão vivos ou morreram deixando a semente do mal no coração da juventude.

         
                 Contra o grupo radical Hamas, que lançou foguetes sobre Tel-Aviv,  acaba de ser iniciada a operação “Limite Protetor”, convocando 40 mil reservistas, para que de forma gradual possam atuar no caso da invasão da Faixa de Gaza por terra. Mais de 300 foguetes já foram lançados contra o sul de Israel. Bombardeios israelenses já deixaram mais de 25 palestinos mortos, entre militares e civis, inclusive, cinco crianças. O ministro da defesa de Israel, Michael Holmes, em entrevista para a TV americana CNN declarou que uma operação por terra em Gaza “pode ser necessária”. Após o bombardeio contra Israel, o porta-voz do grupo radical Sam Abu-Zuhri comunicou que “todos os israelenses são alvos legítimos da resistência palestina”. O secretário-geral da Liga Árabe, entidade com 22 países, pediu uma reunião de urgência do Conselho de Segurança das Nações Unidas. A Casa Branca condenou os ataques com foguetes contra o território israelense pelas organizações terroristas que atuam em Gaza e diz que apoia Israel em se defender, inclusive, já montou uma defesa contra foguetes no território israelense. Seria bom que fizesse do outro lado para equilibrar as coisas.

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