terça-feira, 17 de junho de 2014



                       ELEGIA AO FILHO DO MEIO

      



     As famílias no passado recente tinham prole numerosa, todos estão lembrados, inclusive, que muitas vezes acontecia a tragédia de cedo perder o pai, “cabeça da família”, ou ficar sem a mãe, o coração, que lhe parava no peito, deixando os filhos órfãos. Nos tempos atuais diminuíram o número de filhos, reduzidos a um único herdeiro, ou nenhum, justamente agora que os recursos são maiores para ter e criar filhos, outros os problemas que surgiram. Naquela época tinha o filho mais velho, os do meio e os menores. Por ter nascido primeiro, as expectativas eram grandes sobre o primogênito, enquanto os que vinham por último, mimados, ou quase esquecidos, em contrapartida, gozavam de maior liberdade e, sem maiores preocupações, se deixam levar pela boa vida, até quando podem, depois é só reivindicar seus direitos, pois não consta dos mistérios da fé que os últimos serão os primeiros? Não entendem o verdadeiro significado da sentença, acreditando a seu modo que devem ter primazia, em vez de terem humildade, para se darem bem, de verdade. Quanto ao do meio, geralmente o segundo, ficava imprensado entre o maior e os outros, e tinha de fazer por merecer, ou seja, dar duro no estudo, no trabalho, para escapar da mediocridade. 
        Como o filho do meio acontece com a classe média, que concentra os melhores, responsáveis pelo progresso humano, desde o familiar ao da sociedade, ainda que sofra com os atuais problemas da modernidade. As pressões que têm de suportar, e sabemos o quanto diferimos uns dos outros, até mesmo por questão do lugar em que ocupamos na família, também na sociedade, idiossincrasias, próprias da condição humana. Tendo como meta vencer, vencer e vencer, a começar por “seguir em frente, que atrás vem gente”, em vez de “sair da frente”, como querem impor os ricos lá em cima, e aos que estão embaixo. Certo que Esaú vendeu por um prato de lentilha o seu direito à progenitura ao irmão Jacó, que tinha o seleiro cheio, alimento que faltava ao outro, mas que não soube prosperar. 
        O capital humano de alta qualidade da classe média, de craques, os que podem armar o jogo para reais vitórias, consolidando-se na posição de vencedores para valer. Seriam como os jogadores na Copa, que ora acontece no Brasil, de tirarem o fôlego com seus chutes em gol, craques em sua profissão, espetaculares os seus feitos. Marcelo fez o seu contra, o que é comum os jogadores fazerem, apenas fora dos gramados. os craques de futebol nem sempre são pessoas exemplares, longe disso, vivem cheios de si, principalmente, pelos prêmios em dinheiro, ganhos em suas exibições. Não basta ter talento e ser auto suficiente, precisa, antes de  tudo,  amadurecer, o que muitos não conseguem, morrem sem conseguir. Mas as chances de evolução são para todos. Sendo assim, o que se deve fazer antes de tudo é partir a para realização pessoal, que não é igual para todos.                      








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