domingo, 22 de junho de 2014




                                 SEM PRECONCEITO

             



        Sofremos todos nós em algum momento, vítimas de preconceito, disso ou daquilo. E o quanto somos preconceituosos! Basta que se veja alguém, ou algo diferente, e já começamos a desdenhar, até nos acostumarmos, e tudo passa. O pior preconceito seria o racial? Trata-se da cor da pele, mesmo que tantas sejam as cores e as diferenças fisionômicas entre as raças no nosso país, assim como no mundo. Nos campos de futebol o negro é xingado de macaco, e nas escolas a loura é burra. Lógico que nem um nem outro é isso que dizem. As louras falsas, mulheres que pintam os cabelos por vaidade, preconceito duplo, contra a loura e a mulher. Tenho observado a alegria nas jovens negras e menos nas louras. Seria por questão de raça que umas são mais alegre e a outras menos? Coisa a pesquisar. O certo é que a inveja também causa danos em que é vítima desse mal.  Já a grande quantidade de negros e pardos minimizaria os danos do preconceito.    
          
          Contra o preconceito racial, que aflora aqui e ali, vejo como a melhor saída “o orgulho da raça”, isso no que diz respeito aos negros, pois os brancos já pecaram demais por orgulho e preconceito, só precisa de mais amor próprio. Havia uma professora em minha terra natal que se orgulhava de ser negra, e em visita à casa dos amigos brancos, não demorava e já estava dizendo: “branco é o solado dos meus pés”, não sei se por alguma provocação. Achavam estranho ela dizer isso, mas respeitavam. Ter “raça” é o melhor atitude, sim, se for colocada em cheque a questão racial. Um cara, também lá por aquelas plagas, a dizer que logo, logo, a raça negra estaria extinta, isso por conta da miscigenação. Dizia a asneira não por preconceito, ignorando a existência de um continente inteiro de pessoas negras, cujo problema não é a cor da pele mas o progresso que tarda em alcançá-los, daí as mortes por fome e doenças.
           
              Diferente do Ministro Joaquim Barbosa, acho bom o sistema de cotas, que pode minimizar o problema da educação, das diferenças sociais, desastrosas para a pessoa em particular e à nação. Seria uma questão de apressar a evolução de pessoas que ficaram para trás, também o caso de muitos brancos. Contanto que não fique prejudicada a educação, que deve se manter em bom nível no nosso país. O certo é termos sempre em mente que não faz bem a pessoa alguma ter preconceito. Principalmente, que não se atice a rivalidade entre as raças, entre os indivíduos, o que muita gente gosta de fazer por motivos outros.  Nem acho que existam raças e, sim, seres humanos, pessoas de tons de pele diferentes, assim como são diferentes as nacionalidades, as origens, o caso dos imigrantes nordestinos, discriminados, menos hoje, do que no passado recente. Sem falar no pior de todos, o preconceito contra homossexuais. E o que dizer do preconceito contra os velhos? Mas ter raça não deixa de ser uma coisa, no mínimo, interessante. Cultivar, pois, o respeito e a fraternidade entre as pessoas é a melhor arma contra qualquer preconceito. Somos todos filhos de Deus! 



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