quarta-feira, 11 de junho de 2014

                           

            LER OU NÃO LER – EIS A QUESTÃO

              


      
                                   
   

          Crucial questão: ler ou não ler. Se queremos ter um país evoluído, rico de verdade temos que ler e muito, ficção, textos científicos, econômicos, e tudo o mais que instrua e tenha consequência positiva em nossa vida. Livros, revistas, tablete, internet, tantos os instrumentos de leitura, mas é bom selecionar o que ler. Falo da boa leitura, quando parte da população brasileira se vangloria de não ler um livro que seja durante o ano, ou a vida toda, por achar desnecessário. Ler para que? Para ampliar a mente, adquirir conhecimento, aprender a refletir, além do prazer que a leitura proporciona. Necessidade que não se pode mais ignorar. O escritor e jornalista J.R. Guzzo é radical: “Quem não   lê um livro, nem uma frase com mais de 140 toques, e nunca escreve nada mais longo que isso, é vítima de analfabetismo – voluntário, mas analfabeto do mesmo jeito”. Esse tipo de gente, conclui o comentarista da Veja, pode ser uma unanimidade no que diz respeito aos negócios, ou uma “celebridade”, ter mil amigos nas redes sociais, até mesmo chegar à presidente da república, mas continua analfabeto, ou vítima voluntária do analfabetismo. E temos o Tiririca, eleito para a câmara dos deputados em Brasília.        

               Existe em nosso país uma predisposição ao analfabetismo opcional, que as mentes se deixem ficar em estado bruto, os que não leem, sendo assim, incapazes de pensar, refletir sobre o mundo que os cerca. Entre nós ainda há o costume de se fazer pouco caso dos que leem e escrevem. Ler, sim, para buscar conhecimento – o que não significa mágica alguma. Quanto falta faz o estudo, em especial, a leitura para o brasileiro! Desperdício de cérebros, quando o país podia estar forrado de gênios, mas nem um Nobel que seja, nada, e sabemos da existência dessa plêiade de gente em muitos lugares, até em países latino-americanos. É ou não é para sentirmos vergonha? Desde priscas eras, nossos ancestrais cunhavam informações importantes para a comunidade, até que surgiu o livro impresso, consequentemente a difusão do conhecimento entre nós, seres racionais, e nos tornamos cada vez mais inteligentes. O saber elevado a patamares estratosféricos. Não foi assim que chegamos à lua? Inaceitável, pois, os atuais índices altíssimos de analfabetismo dos brasileiros, mais triste ainda  quando sabemos o quanto está diminuída a capacidade mental dos  que se dizem instruídos. E nada é feito de concreto para sustar o avanço da ignorância, da burrice generalizada que assola a pátria amada e mãe gentil. Devia mais é ser pátria exigente, contra o atraso a ela imposto, onde se gasta muito dinheiro em educação, mal aplicado, os resultados aviltantes.

               Barreiras foram derrubadas, mas caíram do lado errado e e muita gente deixou de alçar voos mais altos, ficando tudo junto e misturado na ignorância. O conhecimento requer esforço mental, e não se engane quem pensa saber muita coisa, sem se debruçar nos livros, nos bons textos de hoje e de sempre. Não poucos chegam a pensar no ilícito que é ler, a ponto de deixarem vexados aqueles que têm boa formação por terem lido tantos livros, aprendido outras línguas, pensam e escrevem, essa a realidade brasileira. É preciso sustar o fluxo maligno da ignorância, desmascarar esses analfabetos funcionais. Uma onda a varrer o país de norte a sul, de leste a oeste, contra a leitura, inclusive professores. O que se ganha fomentando a ignorância? Doutores que matam seus pacientes, empresários que têm como único ideal acumular riqueza, políticos corruptos, que não ligam a mínima para a educação, pois gente burra, principalmente eleitores, são facilmente manipuláveis. Ao contrário do que acontece lá fora, aqui paira uma nuvem cinzenta de ignorância, até mesmo de preconceito contra o saber. Se não houver resistência a que tal calamidade aconteça, nosso país não tardará a se tornar ignorante por inteiro. Amanhã inicia a Copa de 2014, com a seleção brasileira em campo, e devemos torcer por seus craques pelo talento e dedicação ao seu ofício. Mas o Brasil não é só futebol, precisamos estar preparados para o que vem depois – as eleições.   
 

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