quarta-feira, 20 de abril de 2016





                            
 
                        IMPEACHMENT 2016 

       

 

 

       O dia 17 de abril de 2016 vai passar para a história, não apenas pelo dia em que a Câmara votou o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Também foi o dia dos brasileiros  conhecerem seus representantes na Câmara. O palhaço Tiririca, por exemplo, a gente já conhecia bem, e que disse ao ser eleito: "Pior que está não fica". E ficou pior com o PT, e o governo, ou desgoverno, de Lula e Dilma Rousseff. Seus asseclas agiram por doze anos como cobras criadas em todos os níveis da administração pública. O país tomado de assalto pelos arautos de um  comunismo tupiniquim, mas não menos perigoso, que pretendiam se eternizar no poder. E todo arrogância deve ser castigada, principalmente a ditatorial e revolucionária. Não só a dos petistas, mas a de todos os parlamentares que agem com donos do Brasil. Tínhamos condições de progredir, mas a ideologia  petista se  benemérita às custas dos bens da nação, e acabou deixando que assaltassem o país sem o mínimo de pudor. Agora é esperar a aprovação no Senado sobre o afastamento da presidente eleita, mas que enganou a todos.

          Sobre os deputados na votação do Plenário, disse Joaquim Barbosa: "É de chorar de vergonha!" Chocado Arnaldo Jabor declarou que viu "um show de mediocridade e oportunismo...as caras feias e deformadas pela estupidez...seres estranhos, desconhecidos pela população...” Sim, os 511 deputados presentes chocaram por suas feições, suas caras e bocas, seus narizes, suas atitudes inadequadas, e em especial suas falas. Um espanto, para dizer o mínimo. Falsas louvações, melhor dizer, blasfêmias contra Deus. Também  agradecimentos aos familiares, choros, ódios, insulto, até cusparada na cara. Uma pluralidade nada  benfazeja,  que representa muito mal a população em um dos Três Poderes da República, o Legislativo. As declarações desrespeitosas ou descontextualizadas dos parlamentares, que tinham três segundos para proferir seu voto “sim” ou o “não”, mas se estenderam até terem o microfone  desligado.

        Cito outra vez o deputado Tiririca que não alongou o discurso. Disse apenas: “Pelo meu país, voto sim”. E saiu todo risonho para ser abraçado pelos colegas, mais palhaços  que ele, pois deviam tomá-lo como exemplo, para não fazerem feio diante das câmeras. Depois o palhaço tirou sarro dos colegas, teria dito: "Para Florentina e minha cachorrinha Lulu, digo Sim!" Uma palhaçada, se não fosse a periculosidade existente em cada manifestação pró ou contra o impeachment. Jair Bolsonaro dedicou seu voto favorável ao impeachment a um torturador e vai ser processado. Logo a seguir Jean Willis votou contra o afastamento da presidente perorando sobre suas propostas, que inclui a mudança de sexo das crianças nas escolas, sendo insultado, quando então revidou direcionando uma cusparada para cara do desafeto, o mesmo Bolsonaro. Aberrações de toda ordem.

        Manifestantes em frente ao Congresso foram separados em Brasília por muro de amianto. Mas pareciam torcedores de uma Copa. No impeachment de Fernando Collor, em 1992, houve o movimento dos Caras Pintadas, jovens que cresceram mas não amadureceram, mais tarde, por ironia, alguns  aderiram ao PT, e acabaram elegendo Lula como presidente e depois a “cumpanheira” dele, Dilma Rousseff. O resultado é que o país está outra vez no triste dilema do impeachment. A performance dos parlamentares no Plenário da Câmara uma demonstração do quanto pioramos em educação e cultura. Representantes de péssima qualidade, não admira o país esteja numa situação tão calamitosa. Não foram poucos os insultos ao presidente da mesa, processado, e por isso chamado de ladrão  e até sacripanta, com todas as letras, antes de vir o discurso demagógico do parlamentar e por fim o voto.  Espalhados pelas dependências da Casa legislativa as  placas diziam: “Impeachment Já!” “Não vai ter golpe!” “Tchau Querida!” Mas o melhor slogan seria: “Fora Deputados!”.

      Depois de seis horas diante da TV estávamos tontos. E quem disse que o sono veio, meu marido passou o resto da noite a se coçar, e ele parecia curado da crise de alergia de tempos atrás. Foi bom porque descobriu tratar-se de uma alergia provocada pela ansiedade, o que muita gente sofreu naquela noite, soubemos depois. No dia seguinte os jornais estrangeiros esquerdistas, lógico, diziam que ocorria no Brasil uma conspiração para afastar a presidente, por ela ter deixado a polícia agir contra os corruptos. Mas o francês Le Fígaro fez matéria sobre Dilma como uma "ex-guerrilheira, autoritária, incapaz e ineficaz". Ocorre que  Estado Islâmico se volta agora contra nós, chamou o Brasil de "país de merda"  e ameaça nos atacar as Olimpíadas. Haja paciência! Com tudo isso descobri que morar em Brasília é um carma. Não estão aqui os escolhidos, mas os renegados. E ainda tem os amigos, que ficam cada vez mais raros, fofoqueiros e implicantes. Aturá-los, sim. Mas dizer não a esses políticos corruptos e incompetentes que querem mesmo é assaltar o país. Varredura Já! Na moral e na política .  

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